O calcanhar de aquiles de Datafolha e Ibope nos levantamentos que realizaram foi a ilógica inversão nas taxas de rejeição apresentadas pelos candidatos. Sem a menor noção e responsabilidade, tais institutos simplesmente inverteram tal estatística, apresentando Dilma com a menor taxa de rejeição e Aécio com a maior. E é claro que não há nenhuma justificativa para que isso, de fato, seja verdadeiro.
Mas, justamente para justificar em suas pesquisas a inversão das posições na corrida eleitoral, era necessário inverter, também, a taxa de rejeição dos candidatos. E é claro que isto é falso.
Não houve, absolutamente nada para que houvesse a inversão das taxas de rejeição. Portanto, está aí o calcanhar de aquiles desses dois institutos (Ibope e Datafolha) e a falta de fidedignidade com a intenção do eleitorado embutida em suas pesquisas. Simples assim.
Ficarei com o levantamento do instituto Veritá que ouviu 7.700 eleitores em sua amostragem, cujo erro de estimativa, bem pequeno, é de 1,7% e que guarda a seguinte relação de eliminação da zona de intersecção da margem de erro:
Aécio tem 47% – 1,7% (para menos) = 45,3%, enquanto Dilma tem 41,4% + 1,7% (para mais) = 43,1%.
Logo: 45,3% – 43,1% = 2,2% de vantagem real do candidato tucano sobre a candidata petista.
Mantidas as taxas de rejeição captadas desde o primeiro turno, isto é, Dilma com a maior taxa de rejeição e Aécio com a menor taxa de rejeição entre os dois candidatos. Assim, pela lógica contida na pesquisa, pode-se afirmar que Aécio Neves vence a disputa eleitoral com uma vantagem mínima de 2,2% da preferência dos eleitores.
É uma margem apertadíssima, talvez de dois milhões e meio de votos válidos, mas é o suficiente para garantir-lhe o próximo mandato. E é isso que importa.
25 de outubro de 2014
Wagner Pires
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