A grande surpresa do primeiro semestre na economia mundial foi a letargia nos países desenvolvidos. Contrariando as previsões otimistas, os EUA e a zona do euro quase não cresceram no período.
Permanece, contudo, a expectativa de aceleração na segunda metade do ano. Os dados de emprego nos EUA em junho superaram as expectativas e reforçaram a confiança de que finalmente o crescimento anual poderá superar 3%.
Foram criadas 288 mil vagas no mês passado, o que levou a média dos últimos três meses ao maior nível desde 2006. A taxa de desemprego continuou a cair depressa e chegou a 6,1%, nível próximo ao que o Fed (o banco central americano) estimara para o final do ano.
A persistir esse ritmo, o desemprego pode chegar à meta de longo prazo já no início de 2015. Isso, normalmente, levaria o Fed a subir os juros. Não é isso que o banco vem indicando, contudo.
Sua presidente, Janet Yellen, tem destacado que a taxa de desemprego deve ser olhada com cautela, pois não reflete a real ociosidade do mercado de trabalho.
Outras medidas, como desocupação de longo prazo, parcela de empregos temporários no total das vagas e taxa de participação da população no mercado continuariam a indicar que ainda há muito a melhorar. Os aumentos salariais, ademais, estão baixos, em torno de 2% ao ano, indicando que não há falta de mão de obra.
Em suma, o Fed não tem pressa para subir os juros. O dinheiro na praça, por essa razão, permanece abundante, e as Bolsas de Valores dos países desenvolvidos alcançam seguidos recordes históricos.
Mas até quando? O Banco de Compensações Internacionais, que agrupa os principais bancos centrais do mundo, alertou para o risco de uma bolha financeira, que pode estourar quando os juros subirem nos EUA e causar nova recessão.
Yellen dá sinais de que não reduzirá a oferta de dinheiro para conter tais excessos; ao contrário, manterá os juros baixos na tentativa de recuperar o emprego em seu país, pelo menos enquanto a inflação não se mostrar uma ameaça.
Mesmo essa linha de conduta, porém, pode encontrar complicações. Com a inflação já perto da meta (2% ao ano) e o desemprego se aproximando do objetivo de longo prazo, ficará cada vez mais difícil segurar os juros perto de zero.
Quando e quão rápido eles vão subir é um assunto que voltará a ser o foco de atenção em breve.
Permanece, contudo, a expectativa de aceleração na segunda metade do ano. Os dados de emprego nos EUA em junho superaram as expectativas e reforçaram a confiança de que finalmente o crescimento anual poderá superar 3%.
Foram criadas 288 mil vagas no mês passado, o que levou a média dos últimos três meses ao maior nível desde 2006. A taxa de desemprego continuou a cair depressa e chegou a 6,1%, nível próximo ao que o Fed (o banco central americano) estimara para o final do ano.
A persistir esse ritmo, o desemprego pode chegar à meta de longo prazo já no início de 2015. Isso, normalmente, levaria o Fed a subir os juros. Não é isso que o banco vem indicando, contudo.
Sua presidente, Janet Yellen, tem destacado que a taxa de desemprego deve ser olhada com cautela, pois não reflete a real ociosidade do mercado de trabalho.
Outras medidas, como desocupação de longo prazo, parcela de empregos temporários no total das vagas e taxa de participação da população no mercado continuariam a indicar que ainda há muito a melhorar. Os aumentos salariais, ademais, estão baixos, em torno de 2% ao ano, indicando que não há falta de mão de obra.
Em suma, o Fed não tem pressa para subir os juros. O dinheiro na praça, por essa razão, permanece abundante, e as Bolsas de Valores dos países desenvolvidos alcançam seguidos recordes históricos.
Mas até quando? O Banco de Compensações Internacionais, que agrupa os principais bancos centrais do mundo, alertou para o risco de uma bolha financeira, que pode estourar quando os juros subirem nos EUA e causar nova recessão.
Yellen dá sinais de que não reduzirá a oferta de dinheiro para conter tais excessos; ao contrário, manterá os juros baixos na tentativa de recuperar o emprego em seu país, pelo menos enquanto a inflação não se mostrar uma ameaça.
Mesmo essa linha de conduta, porém, pode encontrar complicações. Com a inflação já perto da meta (2% ao ano) e o desemprego se aproximando do objetivo de longo prazo, ficará cada vez mais difícil segurar os juros perto de zero.
Quando e quão rápido eles vão subir é um assunto que voltará a ser o foco de atenção em breve.
08 de julho de 2014
Editorial Folha de SP
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