"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 8 de março de 2014

ENGOLIR SAPOS?



“Sapo” era a designação dada pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira àquelas pessoas ricas que colaboravam com o socialismo e comunismo, indo assim, pelo menos na aparência, contra seus próprios interesses.

“Pelo menos na aparência”, sim, pois na realidade tais pessoas, uma vez implantado o regime comunista, passariam a fazer parte da Nomenklatura, a classe privilegiada que não sofre, como o restante da população, das agruras desse regime antinatural.

Pensei nisso vendo o político da base aliada e macroempresário brasileiro Blairo Maggi sorridente em Cuba, ao lado de Raul Castro e de Lula, dois inimigos viscerais da propriedade privada e do agronegócio, e amigos de todos os ditadores de esquerda.

Mas quando se trata de reerguer a economia cubana da ruína acarretada pelo comunismo, vale tudo, pois tal regime não pode deixar de existir. Primeiro foi o governo brasileiro com o Porto de Mariel. Agora chegou a vez da iniciativa privada, por enquanto com conselhos. Semelhante ao sucedido na China, que continua comunista graças à “generosidade” de “sapos” do mundo inteiro, que para lá transplantaram seus negócios movidos a trabalho escravo.

Pois bem, a visita de Blairo a Cuba acontece no momento em que a outrora riquíssima Venezuela arde de indignação pela carência geral dos bens mais básicos – fruto do regime socialista de Hugo Chávez e Nicolás Maduro, apoiado com unhas e dentes por Lula e pelo PT –  e quando militares cubanos agem livremente ali, coadjuvando a violenta repressão à população venezuelana, com vários mortos. Ou ainda quando médicos cubanos são enviados como escravos ao Brasil, enquanto a fiscalização cai em cima do produtor brasileiro em sua insaciável caça ao “trabalho escravo”…

Mas o Sr. Blairo parece tão à vontade como se estivesse na Suíça, conversando com pessoas normais, e não com um carrasco sanguinário e expansionista de Cuba, aonde foi conduzido por um comunista mentiroso e dissimulado que se valeu de um grande empresário brasileiro, hoje falecido, para chegar ao poder e nele se manter. A história estaria se repetindo?

Que tal sugerir ao Sr. Blairo de ir à Ucrânia — possuidora das melhores terras do mundo — para dar conselhos econômicos a seu novo governo, a fim de que este possa permanecer fora do jugo de Putin?
 
08 de março de 2014
Hélio Dias Viana é colaborador da Agência Boa Imprensa (ABIM).

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