"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

CORONELATO

Vejo notícia que o MPF – Ministério Público Federal triplicou a investigação dos empréstimos do Banco do Nordeste sob suspeita de terem sido feitos com falta de garantias.
O volume passou de R$ 1.2 bilhão para R$ 3.4 bilhões. É dinheiro para cesto da gávea.
Os procuradores apuram o favorecimento político na concessão desses financiamentos.

 Ora, direis! Isso não é novidade. Se apurarem a fundo, vão descobrir (mas já sabem), que a estrutura do coronelato do Norte e Nordeste não mudou porra nenhuma desde os tempos de Lampião. Os empréstimos antigos favorecidos, por exemplo, a Jucá e Barbalho, sem garantias, nem devem ter sido devolvidos. Alguém aí já ouviu falar?

coronel

 Vi também que os filhos de Romero Jucá e Helder Barbalho estão sendo preparados para sucedê-los, como já ocorreu com o Lobinho filho do Lobão, por meio do império de concessões de mídia com que o governo os favorece. Pois é. Enquanto a estrutura política continuar dando a maioria no Congresso aos políticos dessa região, onde um voto comum de nortista e nordestino vale mais do que o dos outros brasileiros, essa situação não mudará.
Na última vez que li um estudo sobre o valor do voto, por causa da estrutura de equivalência de representação no Congresso, um voto de paraense valia 8 vezes mais que o voto de um paulista.

26 de fevereiro de 2014
Magu
in Giulio Sanmartini

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