"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

JUSTIÇA VAI INTERROGAR LULA SOBRE CAIXA 2 DE 2002


Lula defende que caixa 2 seja ‘crime inafiançável’ 
 
Em março, Lula defendeu que caixa dois fosse crime inafiançável,  em debate promovido pelo Valor Econômico. “Eu sou defensor do financiamento público de campanha como forma de moralizar a política. E, mais ainda, eu acho que não só se deveria aprovar o financiamento público de campanha como tornar crime inafiançável o financiamento privado”. É ou não é o maior mentiroso da história deste país?
 
O Ministério Público do Distrito Federal quer chamar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para depor em investigação sobre a suposta prática de caixa dois na campanha que o elegeu em 2002. A investigação foi aberta após denúncia feita no ano passado pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, o operador do esquema do mensalão, que será notificado para depor também.

Eles não serão obrigados a comparecer ao Ministério Público, porque foram chamados como testemunhas. "Devemos chamar os dois, mas não é obrigatória a presença", disse o promotor Mauro Faria, responsável pelo inquérito na Promotoria Eleitoral. A informação foi publicada primeiro pela revista "Veja" na edição desta semana. Por meio de sua assessoria, o ex-presidente Lula afirmou que não iria comentar o caso.
 
No depoimento do ano passado, prestado quando o julgamento do mensalão ainda estava em andamento, Valério disse que a siderúrgica Usiminas doou R$ 1 milhão à campanha de Lula fora da contabilidade oficial. Procurada, a assessoria de imprensa da empresa não respondeu até a conclusão desta edição. O Ministério Público abriu seis investigações preliminares para apurar as novas denúncias de Valério e anexou trechos do seu depoimento a duas outras em andamento.
 
Valério afirmou também que Lula, o ex-ministro Antonio Palocci e o português Miguel Horta, então presidente da Portugal Telecom, negociaram uma doação eleitoral de US$ 7 milhões para o PT.  Lula e Horta negaram no ano passado que tivessem discutido o assunto. O advogado de Palocci, José Roberto Batochio, chegou a classificar o depoimento de Marcos Valério como "invencionice". Segundo investigadores, o operador do mensalão disse que os depósitos foram feitos por fornecedores da Portugal Telecom em Macau, na China.
 
Como a Folha informou em junho, Valério recusou-se mais tarde a colaborar com essa investigação, permanecendo calado quando foi chamado para depor novamente, esvaziando a investigação. Ele disse que só aceitaria cooperar se pudesse obter benefícios em outros inquéritos criminais abertos contra ele.
 
Para tentar rastrear o dinheiro, a Polícia Federal pediu ajuda ao DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos), órgão do Ministério da Justiça especializado na busca de recursos desviados ilegalmente para o exterior. A polícia solicitou detalhes da movimentação financeira das contas indicadas por Valério, como a identidade dos titulares e dos depositantes. No mensalão, Valério foi condenado a mais de 40 anos de prisão por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, peculato e evasão de divisas.
 
(Folha de São Paulo)
 

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