O delírio sobre crianças e cachorros ocultos amplia o mistério: como é que um candidato consegue ser derrotado por Dilma Rousseff?
O que disse a presidente no Dia da Criança, durante a visita ao Rio Grande do Sul, foi tão espantoso que até antigos leitores da coluna ficaram desconfiados: seria alguma brincadeira do jornalista Celso Arnaldo Araújo, o descobridor do dilmês? É tudo verdade, prova o áudio do Implicante. Ouçam o dedilhar da lira do delírio:
Parece mesmo mentira, mas é isso aí, confirma a transcrição do texto publicado pelo Blog do Planalto:
“Se hoje é o Dia das Crianças, ontem eu disse que criança… o dia da criança é dia da mãe, do pai e das professoras, mas também é o dia dos animais. Sempre que você olha uma criança, há sempre uma figura oculta, que é um cachorro atrás, o que é algo muito importante”.
Há sempre alguma lógica por trás de qualquer loucura, certo? Errado, vem reiterando Dilma Rousseff desde 2007, quando virou Mãe do PAC e desandou a falar em público. Seus palavrórios amalucados são apenas coisa de hospício.
Já é estranho enfiar pai, mãe e professoras numa discurseira sobre o Dia da Criança. Se pensou em homenagear figuras associadas à garotada, deveria ter incluído avôs, avós, babás, colegas de escola, parteiros, pediatras, fabricantes de brinquedos, fora o resto.
Perplexa com o início da salada retórica, a lógica foi levada às cordas pela entrada em cena dos animais e nocauteada pelo cachorro oculto. Por que um cachorro? Por que oculto? Por que atrás da criança, e não à frente, à esquerda ou à direita? Isso só o neurônio solitário sabe. E não vai revelar a ninguém porque, mesmo que quisesse, de novo não diria coisa com coisa.
É impossível acompanhar o funcionamento de um neurônio permanentemente em pane. É difícil imaginar o que se passou na cabeça presidencial naqueles 31 segundos inverossímeis. Mais difícil ainda é entender como é que um adversário consegue não ganhar um debate na TV com Dilma Rousseff ─ e perder a eleição para quem vê, por trás de toda criança, um cachorro. Um cachorro oculto.
15 de outubro de 2013
Augusto Nunes
Veja
Parece mesmo mentira, mas é isso aí, confirma a transcrição do texto publicado pelo Blog do Planalto:
“Se hoje é o Dia das Crianças, ontem eu disse que criança… o dia da criança é dia da mãe, do pai e das professoras, mas também é o dia dos animais. Sempre que você olha uma criança, há sempre uma figura oculta, que é um cachorro atrás, o que é algo muito importante”.
Há sempre alguma lógica por trás de qualquer loucura, certo? Errado, vem reiterando Dilma Rousseff desde 2007, quando virou Mãe do PAC e desandou a falar em público. Seus palavrórios amalucados são apenas coisa de hospício.
Já é estranho enfiar pai, mãe e professoras numa discurseira sobre o Dia da Criança. Se pensou em homenagear figuras associadas à garotada, deveria ter incluído avôs, avós, babás, colegas de escola, parteiros, pediatras, fabricantes de brinquedos, fora o resto.
Perplexa com o início da salada retórica, a lógica foi levada às cordas pela entrada em cena dos animais e nocauteada pelo cachorro oculto. Por que um cachorro? Por que oculto? Por que atrás da criança, e não à frente, à esquerda ou à direita? Isso só o neurônio solitário sabe. E não vai revelar a ninguém porque, mesmo que quisesse, de novo não diria coisa com coisa.
É impossível acompanhar o funcionamento de um neurônio permanentemente em pane. É difícil imaginar o que se passou na cabeça presidencial naqueles 31 segundos inverossímeis. Mais difícil ainda é entender como é que um adversário consegue não ganhar um debate na TV com Dilma Rousseff ─ e perder a eleição para quem vê, por trás de toda criança, um cachorro. Um cachorro oculto.
15 de outubro de 2013
Augusto Nunes
Veja
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