A Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro foi o grande alvo dos protestos da noite desta segunda-feira (7). A instituição confirmou, por meio de nota à imprensa, que os manifestantes jogaram, pelas janelas, galões de gasolina para incendiar o prédio.
Ainda não se sabe quais foram todos os estragos causados além da porta vandalizada e da sala de cerimonial que ficou parcialmente destruída. Segundo a nota, os guardas municipais responsáveis pela segurança conseguiram impedir a invasão da casa. Na terça-feira, não haverá expediente na Câmara para que possam ser levantados os prejuízos durante a realização de uma perícia.
Como saldo da noite, pelo menos 14 pessoas foram detidas e um adolescente foi apreendido. O protesto chegou a reunir 10.000 pessoas, segundo a PM.
Ônibus e prédios vandalizados
Pelo menos cinco ônibus sem passageiros foram sequestrados e vandalizados por grupos de manifestantes mascarados, identificados como Black Blocs. Três deles foram deixados na avenida Rio Branco -- todos foram vandalizados, sendo que um foi incendiado. Os outros dois foram encontrados na Lapa: um na rua Maranguape e outro no Passeio.
Segundo o motorista Henrique Santos Souza, que estava no ônibus que foi queimado, os manifestantes que sequestraram o veículo pretendiam jogá-lo sobre a entrada de um prédio comercial. "O mascarado falou para mim que meu ônibus ia virar estatística", contou Souza.
Além da Câmara, a reportagem do UOL observou depredação nos arredores da Cinelândia. Ao menos duas agências bancárias foram depredadas (uma na Evaristo da Veiga e outra próxima à avenida 13 de maio).
Os manifestantes atacaram o consulado americano, que teve suas janelas quebradas. A tropa de choque usou bombas de gás e de efeito moral para dispersar os manifestantes.
A entrada do edifício Serrador, sede da empresa de Eike Batista, ficou totalmente destruída. O grupo que depredou o prédio usou seus próprios tapumes para quebrar as vidraças.
08 de outubro de 2013
Giuliander Carpes e Hanrrikson de Andrade
Do UOL, no Rio de Janeiro
Giuliander Carpes e Hanrrikson de Andrade
Do UOL, no Rio de Janeiro
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