"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

AH!!! TÁ EXPLICADO! ENTÃO NÁO É SÓ NO CEARÁ!!!

Não é só aqui: Deputado português só come perdiz, lebre, pombo torcaz e camarão-gamba grande
No site português Aventar fui achar um absurdo que nos é bastante familiar, mas que eu não imaginava que pudesse ocorrer em outro lugar do mundo civilizado. Leiam:
 
Sempre soubemos que os deputados portugueses se tratavam bem, mas até agora não sabíamos até que ponto podia chegar o descaramento.
 
No caderno de encargos do concurso de fornecimento de refeições na Assembleia da República, o critério mais importante na selecção do fornecedor não é o preço, como seria de esperar num país mergulhado na crise, mas a ementa apresentada na cantina e nos dois restaurantes de luxo existentes.
 
Os senhores deputados não podem comer qualquer coisa e alimentos como perdiz, lebre, pombo torcaz, rola e similares, lombo de novilho, lombo de vitela, lombo ou lombinho de porco preto (bolota) e camarão-gamba grande (24 por Kg ou maior) são receita garantida para ganhar o concurso. É ainda obrigatório disponibilizar diariamente aos representantes da nação cinco pratos à escolha, oito variedades de sobremesa, uma mesa com um mínimo de 8 complementos frios e uma mesa com quatro componentes de comida vegetariana.
 
O caderno de encargos chega ao ponto de indicar a única espécie de bacalhau permitida, o tipo de café servido aos deputados (de 1.ª, obviamente), o tipo de músculos a partir dos quais se devem obter os bifes e por aí fora. No bar, a empresa vencedora deve garantir três variedades de vodka, 16 tipos de whisky, quatro vermutes, quatro brandies e oito licores.
 
E como a dignidade de um deputado está acima de tudo, o restaurante da Assembleia da República deve ter em contínuo um Chefe de Sala, dois Empregados Mesa, um Cozinheiro de Primeira e um Empregado de Bar.
Por tudo isto, pagam os senhores deputados no restaurante de luxo uma média de dez euros e menos de quatro euros na cantina. O resto pagamos nós, como está bom de ver.
Mas há mais, muito mais, no caderno de encargos consultado pelo site Má Despesa Pública. Vale a pena ver.
 
Por curiosidade, numa qualquer Escola Pública, escolhida ao calhas, a ementa da semana é: Segunda-Feira: Esparguete à bolonhesa; Terça-Feira: Lulas estufadas com arroz de ervilhas; Quarta-Feira: Carne de porco à alentejana; Quinta-Feira: Meia Desfeita (bacalhau, grão-de-bico e ovo); Sexta-feira: Arroz de Pato.
Bem bom, digo eu, que me regalo com cada um daqueles pratos! Mas como é óbvio, um deputado não pode comer esparguete ou grão-de-bico. Comerá em casa, à sua custa, mas não no Parlamento à custa do Estado. Afinal, a crise não é para todos e não pode ser paga por todos!
 
08 de outubro de 2013

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