"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

CRESCIMENTO MÉDIO SOB DILMA DEVE SER INFERIOR AO DOS DOIS MANDATOS DE FHC E DERRUBA A MÉDIA DO PETISMO



Crescimento médio sob Dilma deve ser inferior ao dos dois mandatos de FHC e derruba média do petismo de 4% para 3%
 

O PIB do Brasil deve crescer, neste ano, no máximo, 2,5%, segundo o próprio Banco Central. Em 2011, no primeiro ano do governo Dilma, a expansão foi de 2,7%. Em 2012, ainda mais modesta: apenas 0,9%. Se o FMI estiver certo, o resultado do ano que vem repete os 2,5% que o BC espera para este 2013. Assim, Dilma pode produzir, em quatro anos, um crescimento médio de 2,15%.
 
Pois é… Sob o primeiro mandato de Lula (2003-2006), a média foi de 3,5%. No segundo, de 4,62%. Em oito anos, ficou em 4%. No primeiro mandato de FHC, a média foi de 2,5%, ficando em 2,2% a do segundo. Em oito anos, 2,3%.
 
E Dilma? Pode produzir a taxa média mais baixa dos três presidentes num período de 4 anos. Caso se cumpra a previsão do próprio BC do Brasil, de expansão de apenas 2,5% neste ano, e caso esse número se repita, como prevê o FMI, em 2014, a media da governanta será de 2,15%, inferior à dos dois mandatos do tucano — tão satanizado pelo petismo…
 
Pois é, né? Dilma não teve que estabilizar a economia; FHC, sim. A economia mundial não vive o seu esplendor, mas também não é uma rotina de crises. Ainda que o preço das commodities brasileiras não viva nos píncaros, o que ajudou a fazer a glória de Lula, também não está no chão, como durante boa parte do governo FHC. Mesmo assim, tudo caminha para um desempenho medíocre — e basta que se comparem os números com os de outros emergentes, como faz o FMI.
 
No ano em que Dilma foi eleita (último da gestão Lula), o país cresceu 7,5%. Sejamos convencionais: isso ajuda muito, não? Atenção! No ano em que Lula foi eleito (último do mandato FHC), a expansão foi de 2,7%, mais do que os 2,5% deste ano e, segundo o FMI, do ano que vem, quando a presidente tenta a reeleição. Cumpridas as expectativas, o mandato de Dilma contribuirá para baixar a média do crescimento, sob o governo petista, de 4% para 3%.
 
Foi relativamente fácil para a gestão Lula crescer sob circunstâncias que, felizmente, não eram de sua escolha nem dependiam da expertise do governo. No mandato de Dilma, o PT está sendo convidado a demonstrar do que é capaz. Pelo visto, é capaz de produzir um crescimento médio de 2,15%.
 
08 de outubro de 2013
Reinaldo Azevedo - Veja

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