"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

A MORTE DO GLOBO


É simplesmente inacreditável que O Globo tenha tido o desplante de fazer um mea culpa fajuto afirmando com todas as letras que o “Apoio editorial ao golpe de 64 foi um erro”.

Confesso que, não fosse a inexistência de opções, teria cancelado minha assinatura do jornal ontem mesmo.

Se não há como negar a História, tentar contextualizá-la nos moldes atuais é um erro boçal, para não dizer que desconfio ser também uma covardia muito maior do que ser simplesmente “politicamente correto”, já que não são poucas as evidências que o complexo Globo anda envolvido até o talo em maracutaias fiscais e que só sobrevive em função de uma aproximação criminosa com o governo petralha, hoje, seu maior anunciante.

Eu já vi essa história antes - e muitas vezes -, em que os herdeiros incompetentes dilapidam o patrimônio deixados por seus pais. Só que dessa vez não foi só o dinheiro que foi para o brejo: os irmãos Marinho jogaram a memória de seu pai na mesma lama da inépcia administrativa do trio, como se o que representou Roberto Marinho pertencesse a uma História descartável e tão podre quanto a realidade política brasileira de hoje.

Nunca morri de amores por Roberto Marinho, mas independentemente do meu julgamento dele como homem de ideias, não posso negar sua importância capital em quase tudo que ocorreu no país de 1960 para cá, seja na política, nas artes, no esporte, no jornalismo ou em qualquer outro segmento da vida nacional.

Infelizmente para O Globo, todo esse patrimônio sócio-político-cultural que Roberto deixou foi transformado, por um único editorial vagabundo, em matéria fecal sem préstimo nem para adubo, por seus próprios filhos - ou pela sua nescidade -, e vai se misturar em uma fossa comum aos dejetos produzidos pela atual classe dominante: a canalha petista e seus satélites.
 
02 de setembro de 2013

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