"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

IMPERA SILÊNCIO NO CASO DO COMPARSA DE LULA QUE OFERECEU PROPINA A SERVIDOR

Petista que ofereceu suborno a conselheiro da Anatel não explicou: quem pagaria a propina? Reportagem de VEJA mostra que imperou o silêncio no caso de Vicente Cândido, que ofereceu dinheiro a um servidor público para tentar convencê-lo a ajudar uma empresa de telefonia

 
PROPINA - O deputado Vicente Cândido ainda não revelou quem pagaria os “honorários” que ele ofereceu ao conselheiro da Anatel
PROPINA - O deputado Vicente Cândido ainda não revelou quem pagaria os “honorários” que ele ofereceu ao conselheiro da Anatel (Beto Oliveira/Ag. Camara)

Na semana passada, VEJA trouxe à luz um daqueles episódios do submundo da política que, de tão grotescos, não deixam dúvida sobre as consequências naturais que deveriam ter.
Um deputado do PT chamou ao seu gabinete um conselheiro da Anatel, a agência encarregada de regular e fiscalizar o setor de telecomunicações, e perguntou quanto ele cobrava para ajudar a companhia Oi a se livrar de multas que somam mais de 10 bilhões de reais.
 
Garantindo que estava falando em nome da companhia, o deputado Vicente Cândido (SP) foi além: disse que o governo federal e o ex-presidente Lula estavam muito preocupados com o futuro da Oi e que era preciso adotar medidas urgentes para evitar a bancarrota da tele às vésperas da eleição presidencial do ano que vem.

“Honorários?”, escreveu o parlamentar, mostrando ao conselheiro Marcelo Bechara o pedaço de papel com a proposta indecente.
 
Procurado por VEJA, o conselheiro confirmou o ocorrido. O deputado também confirmou. Dada a gravidade do caso, seria natural esperar medidas enérgicas. Afinal, trata-se da confissão de um crime, ocorrido em pleno Congresso Nacional. Em tempos de apagão ético, porém, imperou o silêncio.

02 de setembro de 2013
Rodrigo Rangel - Veja

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