"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

IMAGENS EM MOVIMENTO

A cidade que entra pela janela




Foi em 300 a.C que Aristóteles, sentado sob uma árvore, observou a imagem de um eclipse “replicada” no chão ─ a luz passava por um pequeno orifício numa folha e, ao encontrar uma superfície paralela, reproduzia a imagem invertida. Leonardo da Vinci, já no Renascimento, considerou o experimento como uma ferramenta auxiliar para desenhos. Com o tempo, este fenômeno natural foi dominado e sua técnica transportada para um objeto chamado câmera escura. A primeira iconografia que temos de uma câmera escura ─ utilizada justamente para observar um eclipse ─ data de 1545.

Por volta de 1600, no lugar do orifício foi adicionada uma  lente. As objetivas possibilitavam a formação de uma imagem mais nítida. Apesar dos avanços tecnológicos, em 1850 o cientista escocês David Brewster voltou a fotografar utilizando câmeras sem lentes e usou a palavra pin-hole (buraco de alfinete, em inglês) para descrever o aparato.

O fascínio provocado pelas pinholes permanece até hoje. Dois fotógrafos, Romain Alary e Antoine Levi, decidiram usar esse “processo primitivo” em um projeto experimental: transformar um apartamento em Paris numa gigantesca câmera pinhole. No site stenop.es podemos assistir a trechos desse processo. Nele, um buraco minúsculo é aberto em uma das janelas e, por aí, as imagens externas invadem os cômodos. A cidade se transforma em luz e reflete a paisagem do lado de fora nas paredes, no chão, no teto. Uma experiência incrível.


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