"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

E O PARAGUAI?



É de conhecimento geral o enorme descontentamento manifestado pela presidente Dilma a respeito da ação isolada de um diplomata que, inspirado por impulsos humanitários, protagonizou o, até certo ponto cinematográfico, traslado de um político boliviano, de reputação duvidosa, é verdade, para o Brasil. 
 
Ressaltou também a presidente, talvez temendo a fúria do encardido cocaleiro Evo Morales, que governa aquele poderoso país, provavelmente considerando-se por ele admoestada, que se tratava de uma intolerável interferência nos assuntos internos de nação amiga. 
 
Sentiu-se então na obrigação de assumir atitude política concreta e subserviente para ostentar sua solidariedade ao aliado bolivariano. 
 
O resultado foi a demissão imediata de um Ministro de Estado brasileiro. 
Será que a nossa presidente pensou nestes termos quando influenciou fortemente a cúpula da decadente Unasul no episódio relacionado à expulsão do Paraguai da entidade e do Mercosul, por ter seu governo tomado atitude soberana de destituir um bispo trapalhão e incompetente da presidência e de não aceitar o ingresso da Venezuela no órgão, por contrariar protocolos firmados anteriormente? 
 
Trata-se de mais um equívoco da andrajosa política externa atual, mutiladora das mais nobres tradições da nossa diplomacia. 
 
02 de setembro de 2013
Paulo Roberto Gotaç é Capitão-de-Mar-e-Guerra, reformado.

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