O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira, 22, que viajará a Porto Alegre nesta terça-feira, dia 23, véspera do julgamento de seu recurso no TRF-4 pela condenação no processo do tríplex do Guarujá. “Amanhã (terça) vou a Porto Alegre agradecer a solidariedade do povo que está se manifestando”, declarou Lula em encontro com sindicalistas realizado no Instituto Lula, na zona Sul da capital paulista. O julgamento é cercado de grandes expectativas, já que o ex-presidente pode ser impedido de disputar a eleição presidencial deste ano, caso o TRF-4 mantenha a acusação proferida pelo juiz Sérgio Moro, na primeira instância.
Durante o encontro, Lula indicou estar confiante na sua absolvição. “Não é a primeira vez nem a última que estamos juntos”, disse, afirmando que pretende realizar uma caravana pelo Rio Grande do Sul a partir de 27 de fevereiro.
CRÍTICAS – Lula da Silva teceu críticas à reforma trabalhista aprovada no governo Michel Temer em um encontro com centrais sindicais nesta segunda-feira (22). Às vésperas do julgamento no Tribunal Federal da 4ª Região (TRF-4), na quarta-feira, o petista disse que tentou aprovar uma reforma sobre o tema em seu governo e que jamais imaginou que seus adversários tivessem a “petulância” de aprovar um projeto como o que acabou passando.
“Uma reforma se faz colocando as partes interessadas sobre a mesa. Não se impõe o direito dos empresários sobre a classe trabalhadora”, disse no encontro, que foi transmitido pela sua página no Facebook. Lula criticou especialmente a instituição do trabalho intermitente e o fim da contribuição sindical.
SISTEMA S – “Tem muito fascista querendo acabar com a representação sindical. Eles simplesmente acabaram com o imposto sindical, mas os 2% que o Sistema S recebe eles não falaram na reforma”, reclamou.
Lula foi o último a falar no encontro, que teve participação de representantes da CUT, UGT, FSB, Intersindical, CTB e Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, entre outras entidades. Antes dele, Ivone Maria da Silva, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, disse que a sua entidade apoiava a causa do petista porque agora os trabalhadores não conseguem “nem entrar na porta do Palácio (do Planalto). “Defendemos candidato que saiba o que é democracia, que defenda todos e não apenas os empresários e que pense um Estado que seja para todos”, disse.
Antes dela, foi a vez de Gerardo Iglesias, secretário regional União Internacional dos Trabalhadores da Alimentação, Agrícolas, Hotéis, Restaurantes e Afins (UITA). “Até os juristas, que não têm nenhuma identidade com a esquerda, começam a dizer que o processo é viciado e que tentam te tirar da Presidência da República”, disse.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Sonhar ainda não é proibido nem paga imposto. (C.N.)
23 de janeiro de 2018
Deu em O Tempo
(Agência Estado)
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