"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

JULGAMENTO DE LULA PELO TRF4 JÁ ESTÁ LOTANDO OS HOTÉIS EM PORTO ALEGRE




Expectativa de que 50 mil pessoas cheguem à cidade
A dois dias do julgamento do recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Tribunal Regional da 4ª Região (TRF-4), Porto Alegre passa por um fenômeno raro nesta época do ano: a maioria dos hotéis na região do tribunal estão lotados no dia 23, véspera do julgamento. A Frente Brasil Popular, que organiza os atos em defesa de Lula, espera 50 mil pessoas na próxima semana – um número expressivo na capital gaúcha, que tem cerca de um 1,4 milhão habitantes. Dos dez hoteis consultados pelo Estado, todos nas proximidades do tribunal, seis estavam lotados. Os demais estavam nos últimos apartamentos.
A organização dos atos pró-Lula fez ainda uma parceria com a agência de viagens Roma Tour para hospedagens com descontos. Segundo o dono da empresa, Romalino Freitas, foram fechados cerca de 80 apartamento, até sexta-feira. “O que ainda é muito pouco perto do universo de pessoas que estão vindo pra cá”, disse. De acordo com os dados do PT do Rio Grande do Sul, 323 pessoas solicitaram acampar com o Movimento dos Sem Terra. Outras 1,4 mil ficarão em alojamentos coletivos, que são ginásios, associações, sindicatos – tudo gratuito.
“HOSPEDAGEM SOLIDÁRIA” – No site comlulaempoa.com.br, há ainda uma categoria de “hospedagem solidária”, em que moradores de Porto Alegre disponibilizaram suas casas para os militantes de outras regiões. Cerca de 150 pessoas vão dormir em casas de gaúchos. Um dos que abrirá as portas será Janice Antonia Fortes, aposentada de 62 anos.
Filiada ao PT desde o início dos anos 2000, ela irá receber dois correligionários por dois dias. Para ela, abrir a casa é “mais uma forma de luta”. “Hospedar meus companheiros de partido dispostos a grudar ombros nesta luta justa, se propor a encarar uma longa viagem para mostrar indignação com a possibilidade de impedir a candidatura de Lula em 2018, acho que vale, para mim é mais uma forma de lutar”, afirmou.
Apesar de as manifestações terem começado no início do mês, será nos dias 23 e 24, que Porto Alegre atingirá sua lotação máxima. O ato da véspera do julgamento, contará com a presença dos senadores Paulo Paim (PT-RS), Roberto Requião (MDB-PR), da deputada Alice Portugal e do líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos.
PARTICIPAÇÃO DE LULA  – Em coletiva de imprensa feita na última sexta-feira, dia 19,  o vice-presidente do PT do Rio Grande do Sul, Carlos Pestana, disse que há uma “forte expectativa” das entidades e uma “enorme vontade” do próprio Lula de comparecer nos atos anteriores ao julgamento. “A ideia é que ele participe deste ato do dia 23 em Porto Alegre e volte para São Paulo a fim de participar das atividades na Avenida Paulista”, informou Pestana.
Também na coletiva, o presidente da CUT no Estado reafirmou que as manifestações serão pacíficas. “Nós vamos colaborar com a Segurança Pública para identificar qualquer tipo de anormalidade e atitude que fuja ao nosso propósito de fazermos manifestações pacíficas”, disse Claudir. Segundo a programação do PT, nos dias que antecedem o julgamento e no dia 24, haverá protestos em outras cidades do País e do exterior, como Paris, Nova York, Cidade do México e Munique.

23 de janeiro de 2018
Marianna Holanda
Estadão

Nenhum comentário:

Postar um comentário