O principal alvo da operação Bullish é a empresa JBS, dos empresários Joesley e Wesley Batista. A Polícia Federal faz buscas na empresa e leva coercitivamente para depor pessoas envolvidas nos aportes bilionários que o Banco Nacional de Desenvolvimento, o BNDES, realizou para que as empresas da família Batista se tornassem a maior produtora e comercializado de proteína animal do mundo.
A Justiça Federal em Brasília determinou o cumprimento de mandados de busca e apreensão nas casas dos irmãos Joesley e e Wesley Batista, donos da JBS, que detém as marcas Friboi e Seara. A medida faz parte da Operação Bullish, que apura supostos ilícitos em aportes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no grupo empresarial. Também é alvo da medida o ex-presidente do banco Luciano Coutinho.
POLÍTICO ENVOLVIDO – Segundo a PF, os aportes do banco público foram realizadas após a contratação de empresa de um político. Por conta disso, as operações de desembolso dos recursos públicos teriam tido tramitação recorde. O ex-ministro Antonio Palocci, preso em Curitiba por conta da Lava Jato, é investigado pela PF. Entretanto, o petista não foi alvo das medidas cautelares autorizadas pela 10ª Vara Federal de Brasília.
O BNDESPar tem mais de 581 mil ações da JBS, ou cerca de 21% em participação na empresa. Segundo a PF, os aportes, realizados a partir de junho de 2007, tinham como objetivo a aquisição de empresas também do ramo de frigoríficos no valor total de R$ 8,1 bilhões.
Nesse período, os principais investimentos do banco público tiveram como objetivo apoiar a expansão da JBS. Um dos maiores aportes foi utilizado para a compra de R$ 3,5 bilhões em debêntures para fortalecer o caixa da empresa com a compra da americana Pilgrim’s e com a incorporação da Bertin S.A. O caso da Bertin SA já estava na mira dos investigadores uma vez que há indícios de participação do operador Lúcio Funaro na transação.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Será que vão chegar no Henrique Meirelles, ex-presidente do Conselho do grupo Friboi? (C.N.)
12 de maio de 2017
Fabio Serapião e Fausto Macedo
Estadão
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