MULHER DE SANTANA REVELA QUE DILMA LIGOU PARA AVISÁ-LOS, NA VÉSPERA DA PRIOSÃO

Dilma ligou pessoalmente e usou um telefone “seguro”

A empresária Mônica Moura, mulher do marqueteiro João Santana, afirmou que o casal foi avisado por telefone pela própria ex-presidente Dilma Rousseff às vésperas da prisão deles na Operação Lava-Jato. Mônica conta que recebeu um e-mail da presidente de que precisava de um telefone seguro para conversar. Mônica afirma que como estavam na República Dominicana ofereceram o telefone da produtora para a conversa. Dilma, então, falou com João Santana e avisou que havia um mandado de prisão assinado contra o casal.

— Dessa vez foi assim, a gente recebeu um e-mail dela de que precisava de um telefone seguro para falar comigo ou com o João, que ela tinha um telefone seguro no Alvorada. A gente estava na República Dominicana, era seguro o fixo da Dominicana. O João falou com ela nesse telefone na noite do dia 21 de fevereiro, ou do dia 20, fomos avisados que foi visto um mandado de prisão assinado contra a gente. Não fizemos nada, ficamos esperando. No dia 22 estourou a operação. Estávamos esperando — diz Mônica.

— A presidente ligou para vocês? — questiona uma investigadora.

— A presidente liga para a gente, fala com o João. Fala pessoalmente — afirmou a delatora.

SUGESTÃO DE DILMA – Mônica Moura disse também que em 2015 a presidente Dilma Rousseff sugeriu a ela em 2015 mudar a conta que o casal possuía da Suíça para Cingapura.

“Ela sugeriu uma vez que a gente mudasse para Cingapura, que ela ouviu falar que era um lugar muito seguro, que a Suíça já estava muito (visada)” — afirmou a empresária.

Mônica relatou que a presidente manifestou preocupação com a conta diversas vezes, mas que o casal se recusava a mudar porque entendia não estar fazendo nada errado.

“Ela tinha preocupação com essa conta. Ele me sugeriu uma vez, por que vocês não transferem essa conta para outro lugar? Eu disse que isso não vou fazer de jeito nenhum. Não vou mexer em nada. Não tenho culpa” — disse a delatora.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como se vê, Dilma atuava fortemente no ramo da obstrução à Justiça, ilegalidade que já havia se configurado na frustrada nomeação de Lula para a Casa Civil. Depois, tornou-se “reincidente específica”, foi uma obstrução atrás da outra, seja por e-mail, sob codinome “Iolanda” (que escolheu por lembrar a mulher do general Costa e Silva), ou também ao vivo e a cores, ao pretender ocultar as contas no exterior e sugerir Cingapura ao casal de marqueteiros. Com essa vida pregressa, Dilma será fatalmente incriminada. (C.N.)

12 de maio de 2017

Eduardo Bresciani

O Globo