O ministro Edson Fachin tem, sob sua guarda, termos da delação da Odebrecht ainda sigilosos que envolvem integrantes de diversas esferas do Judiciário. As informações prestadas por delatores da empreiteira sobre nomes da Justiça e de alguns de seus parentes estão entre os 25 pedidos de inquérito formulados pela Procuradoria-Geral da República que ainda não foram divulgados pelo relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal. Os documentos já despertam insegurança no Superior Tribunal de Justiça e no Tribunal de Conta da União, por exemplo.
A relatoria da Operação Lava Jato fez com que Fachin mudasse não só seus hábitos pessoais, como também o esquema de compartilhamento de informações dentro de seu gabinete.
SOB VIGILÂNCIA – O ministro, famoso pelos costumes simples, não almoça mais com a mesma frequência no bandejão do Supremo. A segurança da corte também ampliou o esquema de proteção a Fachin em áreas públicas, como aeroportos.
O magistrado agora só embarca em aeronaves direto na pista de decolagem, sem circular pelos saguões. Seu apartamento em Brasília e sua residência em Curitiba também tiveram os serviços de proteção revisados e ampliados.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Confirmam-se as informações da ex-ministra Eliana Calmon, ex-corregedora do Conselho Nacional de Justiça, sobre a necessidade de o Judiciário ser investigado. E tem mais: além da Odebrecht, a delação da OAS também vai atingir ministros de tribunais superiores. O assunto é da maior importância e vamos voltar a ele, para mostrar que também há muita podridão no Judiciário. Como dizia Tom Jobim, é a lama, é a lama. Mas nem tudo é tristeza, porque hoje faz aniversário um de nossos grandes amigos, o advogado João Amaury Belem, um exemplo de homem de boa vontade. (C.N.)
15 de maio de 2017
Daniela Lima
Folha (Painel)
Nenhum comentário:
Postar um comentário