A semana que começa parece que vai ser muito animada em Brasília,depois de um período marcado por dias de muito tédio. Nesta segunda-feira ou, no máximo, na terça-feira, a presidente do Supremo Tribunal Federa, ministra Cármen Lúcia, homologará as delações dos executivos e ex-executivos da Odebrecht. Dia 1º de fevereiro, quarta-feira, findo o recesso, o Supremo Tribunal Federal julga a ação que tenta impugnar a candidatura à reeleiçao de Rodrigo Maia à presidência da Câmara dos Deputados. Na quinta-feira, dia 2, a Câmara e o Senado realizarão eleições para escolher seus presidentes e demais membros de suas mesas diretoras.
E neste final de recesso também começou a circular uma notícia que já agita e preocupa muita gente na capital e em todo o país. Depois que um relatório da Polícia Federal ampliou o rol das irregularidades na prestação de contas da última campanha presidencial, ganhou corpo a cassação da chapa Dilma-Temer e deixou de ser apenas uma possibilidade jurídica.
15 MIL PÁGINAS – Esse processo, que possibilita a cassação do mandato do presidente Michel Temer, já está com 15 mil páginas. O documento reúne evidências de que dinheiro sujo, oriundo de múltiplos esquemas de corrupção, foi usado para reeleger a presidente cassada Dilma Rousseff. Parte dessas transações já foi amplamente mapeada pela Operação Lava Jato. A outra parte vai agravar a situação do presidente da República no Tribunal Superior Eleitoral, responsável pela ação que pede a cassação da chapa.
O relator do processo, ministro Herman Benjamin, solicitou ao Supremo Tribunal Federal cópias dos depoimentos dos executivos da Construtora Odebrecht tão logo suas delações sejam homologadas.
DOAÇÕES ILEGAIS – Pelo que já foi divulgado, sabe-se que a Odebrecht, além de comprometer a ex-presidente e seus correligionários petistas, relatou ter feito doações clandestinas ao PMDB, a pedido do então candidato a vice da chapa, Michel Temer.
O PT e o PMDB seriam beneficiários destas doações ilegais e tirado delas igual proveito, praticando os mesmos crimes eleitorais.
As evidências de irregularidades ganharam um anexo na semana passada. Em relatório encaminhado ao TSE, a Polícia Federal demonstra que parte dos valores desembolsados a gráficas pela chapa não resultou na prestação de nenhum tipo de serviço. As quantias teriam sido desviadas para pessoas físicas e jurídicas “em benefício próprio ou de terceiros”.
30 de janeiro e 2017
José Carlos Werneck
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