"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Delações de Eike, que mexerão com a turma do Cabral, podem atingir bancos, corretoras e a bolsa

O retorno de Eike Batista já apavora mais a cúpula do mercado acionário e financeiro que a turma da politicagem com quem ele fez “parcerias” que o Ministério Público Federal acusa serem “criminosas”. Além de ferrar com Sérgio Cabral, podendo até sobrar para Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, as revelações que Eike fará à Lava Jato tendem a provocar estragos em pelo menos dois grandes bancos transnacionais, duas agressivas corretoras e dirigentes da Bolsa de Valores (que é uma empresa privada, embora até pareça um cartório monopolista estatal).

No Aeroporto de Nova York, antes de embarcar, entre uma sacaneada e outra que era obrigado a suportar de algum passageiro, e também de alguns que tiraram selfies como “fãs” dele, Eike deu uma entrevista rapidinha à TV Globo. Enigmático, Eike deve ter apavorado muita gente poderosa com sua tranqüilidade e disposição de partir para a “colaboração premiada”: “Eu acho que o ministério público está passando a limpo o Brasil de maneira fantástica. O Brasil que está nascendo agora será diferente. Estou à disposição da Justiça. Se foi cometido um erro, você tem que pagar pelo erro que fez”.

Foragido internacional desde quinta-feira, acusado principalmente de corrupção passiva, o empresário Eike Batista retorna ao Brasil. Como não tem curso superior completo, assim que for preso pela Polícia Federal no Aeroporto Tom Jobim, deverá diretamente do Instituto Médico Legal para o superlotado presídio Ary Franco, no bairro de Água Santa, no Rio de Janeiro. O plano pode ser mudado se, por motivos de segurança, o juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara, decidir que ele deve ser ouvido, imediatamente, pelo Ministério Público.

Por questão de segurança, alguém que tem tanto a revelar como Eike, não deveria ser hospedado, ao menos imediatamente, em uma cadeia medieval como é o padrão do presídio em Água Santa – que abriga os chamados “presos mequetrefes” não vinculados abertamente a facções carcerárias como o Comando Vermelho ou o PCC.

Tomara que Eike venha com a disposição de abrir o verbo e contar tudo que sabe, ajudando o Judiciário a passar o Brasil a limpo. A temporada de mega-delações está escancarada. A da Odebrecht, que a ministra Carmen Lúcia, pode homologar até amanhã, pode parecer fichinha perto da “colaboração” de Eike e de outras delações que vêm por aí...

Todo mundo delatando



Outro apavorado



Visão turva




Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!


30 de janeiro de 2017
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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