"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

SAUDOSISMOS CÔMICOS DE PAULISTAS E MINEIROS




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Dos três “supostos” amigos, somente um será candidato
Até hoje os paulistas precisam defender-se da acusação de ter sido separatista a revolução de 32.  Trata-se de uma bobagem, mais do que de uma injustiça, apesar de o então presidente da República, Getúlio Vargas, haver mobilizado a imprensa amiga, amestrada e censurada para difundir a mentira. Pode ter havido energúmenos, na pauliceia desvairada, empenhados em tirar São Paulo do Brasil, mas especialmente por conta da crise econômica. O mundo havia reduzido ao máximo as importações de café e muitos fazendeiros paulistas quebraram. Mas o que     São Paulo queria, mesmo, era livrar-se do jugo dos gaúchos, empenhados em estabelecer  o domínio político no país.
Depois de derrotados militarmente, em especial pelos mineiros, os revolucionários cederam aos encantos do chefe do governo, ganharam um governador civil e paulista e seguiram adiante, logo depois retomando a supremacia econômica.
Por que lembrar episódio tão velho de nossa História, onde nenhuma das partes em luta saiu incólume?
Porque ameaça repetir-se como farsa uma situação que algumas vezes foi heroica. Em torno do governador Geraldo Alckmin forma-se uma facção empenhada em reviver ultrapassadas tertúlias. Almejam voltar a presidir o Brasil, esquecidos de que Michel Temer é paulista, e de que há décadas ninguém duvida do poder econômico de São Paulo. Com certa arrogância, levaram Alckmin a iniciar vilegiaturas por outros estados, distribuindo favores financeiros que o Nordeste não recusa. Em troca do apoio à sua candidatura. No Congresso já funciona uma força-tarefa destinada a cooptar parlamentares de outras regiões.
Por coincidência, localiza-se em Minas o outro polo na disputa, com Aécio Neves. Claro que não preparam outra “batalha do túnel”, como em 32, mas já se estranham. Seria bom que os dois lados atentassem para o ridículo do entrevero. Só tem vaga para um candidato, no PSDB, sem esquecer que o terceiro, José Serra, também é paulista.
Em suma, melhor parar por aqui, sem abrir espaço para saudosismos que seriam ridículos, se não fossem cômicos…

29 de dezembro de 2016
Carlos Chagas

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