O Banco Central identificou que há instituições financeiras menores, desconhecidas do grande público, mas que acabam sendo alternativas para muita gente que não consegue acesso aos maiores bancos, cobrando juros de 1.358,48% no rotativo do cartão de crédito. É o caso da financeira Avista, que se apresenta como administradora de cartões. A Avista atua nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Ceará. Fundada em 2001, atende, principalmente, as classes C, D e E, justamente as que não têm acesso facilitado junto aos bancos de maior porte. A financeira diz que detém mais de cinco milhões de cartões ativos e mantém parceria com mais de 10 mil lojistas.
A Avista afirma, ainda, que é líder no mercado de cartões private label, que são ofertados por supermercados, redes de varejo, farmácias e postos de gasolina. Para os especialistas, justamente por oferecer facilidades e pelo desconhecimento do público atendido, a financeira extrapola todos os limites na cobrança de juros.
TAXAS ABUSIVAS – Outras instituições menores também metem a mão no bolso dos consumidores cobrando juros extorsivos. Na lista elaborada pelo Banco Central estão a Dacasa Financeira, com taxa média de 791% ao ano; o Banco Triângulo, com juros de 789,47%; O Omni Financeira, com 720,63%; e o Banco Cetelem, com 675,58%.
A dica dos especialistas é para os consumidores passarem bem longe dos balcões de atendimento dessas instituições. Quem for fisgado por elas e cair no rotativo do cartão de crédito só terá um destino: a inadimplência.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Não é possível que isso ocorra num país que se julga civilizado, quinto maior em número de habitantes e extensão territorial, oitava economia do mundo. Decididamente, há algo de podre neste país, que não possui leis capazes de coibir a exploração do povo, e devemos “agradecer” a FHC, que mandou mudar a Constituição para abolir o teto dos juros e agradar aos banqueiros. E ainda há quem o considere “genial”, ao invés de classificá-lo de “venal” e “amoral”. (C.N.)
29 de dezembro de 2016
Vicente Nunes
Correio Braziliense
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