O que foi falado antes: Assim que Dilma vencer, em 2014, desista, será o fim de toda a direita e o projeto da “Pátria Grande” dominará. Submetam-se.
O que aconteceu: Dilma teve seus crimes descobertos e perdeu a governabilidade.
O que foi falado antes: O impeachment não vai ocorrer, vocês não tem como criar esse clamor nas ruas.
O que aconteceu: As ruas roncaram, e o projeto do impeachment foi à frente.
O que foi falado antes: Desistam da votação no impeachment, pois Dilma terá no mínimo 200 votos. (Disseram os petistas, antes da votação no Congresso, em abril)
O que aconteceu: O governo bolivariano teve apenas 137 e o impeachment passou na Câmara dos Deputados.
O que foi falado antes: No Senado a coisa será diferente, e o impeachment não vai prosperar.
O que aconteceu: Na primeira votação de admissibilidade do relatório, o PT perdeu por 55 a 22, ou seja, já haviam ali os votos necessários pelo impeachment.
O que foi falado antes: Na próxima votação, a coisa será diferente, pois vários que votaram vão rever seus votos, depois das declarações de Machado.
O que aconteceu: Na penúltima votação, Dilma perdeu por 59 a 21.
O que foi falado antes: Na votação definitiva não vai ter jeito e vocês perderão. Dilma terá entre 28 e 32 votos, disse a bolivariana Kátia Abreu, há 7 dias atrás.
O que aconteceu: Na votação derradeira, Dilma perdeu por 61 a 20, isto é, foi a maior de todas as goleadas no Senado.
O que está sendo falado agora: Desistam de recorrer ao STF, pois ele vai reverter o impeachment.
O que acontecerá: cabe a nós decidirmos, mas, antes de tudo é importante não cair nos blefes dessa gente.
Nós, republicanos (incluindo direitistas, esquerdistas moderados e centristas) geralmente “travamos” por que não entendemos uma das frases mais básicas de Sun Tzu: “toda a guerra é baseada em logro”.
Não é que o logro planejado seja suficiente para o PT vencer (e, como notamos, ele perdeu nesta), mas isso traz um desgaste desnecessário, bem como emissão de sensações de pânico indevidas em nosso grupo. Se caíssemos menos no logro oponente, nossas vitórias seriam ainda mais amplas e teríamos menos desgaste ao conquistá-las.
Aliás, quando os petistas lançam algum logro, eu já corro atrás de mais informações para confirmar se é embuste ou fato, principalmente quando eles dizem ter mais poder do que realmente possuem. Alinsky já dizia: “poder não é o que você tem, mas o que o seu inimigo pensa que você tem”.
Voltando ao caso de Janaína, ela é uma pessoa decente e honesta. Nem seria preciso de leitura corporal para confirmarmos essa impressão. Mas, como disse antes, é bem possível que ela tenha caído em mais um logro petista. Mas a mania de cair em logros petistas não é exclusividade dela – neste caso, pois, como já disse antes, ela evoluiu consideravelmente em termos de guerra política -, mas de republicanos em geral.
Já vi várias vezes gente desesperada após receber matérias com o conteúdo mencionado anteriormente (nos bullets “o que foi falado antes”) e me questionando: “E agora, o que fazemos?”. Eu dizia: “Que parte da frase ‘toda a guerra é baseada em logro’, de Sun Tzu, você ainda não entendeu? Precisa de ajuda na decodificação desta mensagem?”.
Em tempo: vale assistir a esse documentário. 90 minutos bem gastos de sua vida:
11 de setembro de 2016
ceticismo político
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