"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 17 de julho de 2016

O IMPERADOR DE BANÂNIA

             O STF DEVE ALGUMAS EXPLICAÇÕES



O Supremo Tribunal Federal (STF) deveria dedicar uma de suas sessões públicas para esclarecer a população brasileira a respeito de insinuações e até de suspeitas recorrentemente manifestadas por setores expressivos da sociedade, dando conta de favorecimentos seletivos a processos investigados na Lava Jato, através de inegável aceleração para alguns e de procrastinações e até arquivamentos insuficientemente explicados para os que dizem respeito aos implicados que tenham afinidade ideológica com alguns dos magistrados lá encastelados ou que, de uma ou outra forma sejam credores das respectivas nomeações.

Não se deve esquecer que o STF é o órgão de cúpula do Poder Judiciário e possui a nobre missão de garantir o cumprimento da Constituição Federal.

Assim, sua postura deve se caracterizar pela discrição de seus componentes, ilustres togados, nem todos concursados, alguns sequer juízes, e pela serenidade e imparcialidade de suas decisões, a fim de que não sejam introduzidas tensões inconvenientes na sociedade quanto à credibilidade da última instância de justiça que, se perdida, aproximará o país de uma ruptura democrática de consequências imprevisíveis.

É inadmissível, portanto, que pairem sobre a nobre instituição, dúvidas quanto á correção, honestidade de propósitos e senso de justiça de seus Ministros.

Enfim, o STF não pode deixar sem uma resposta convincente, o constrangedor posicionamento de um analista político que, ao vivo e a cores, declarou para todo o Brasil que não acreditava na sua Corte suprema.



17 de julho de 2016
Paulo Roberto Gotaç - Capitão de mar e guerra reformado.

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