O propalado acordo de cessar fogo e reparação às vítimas, recentemente oficializado entre o governo Colombiano e a organização guerrilheira conhecida como Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), viabilizado e intermediado, segundo consta, pelo governo Cubano, sob a liderança do ditador Raul Castro, e embandeirado pelo noticiário como histórico, levanta no espírito do cidadão comum sul americano algumas interrogações, cujas respostas estão longe do devido esclarecimento.
Por exemplo, o que significa firmar um compromisso entre um estado soberano e reconhecido pelo resto do mundo e uma organização guerrilheira que não possui o mesmo status e que, como é de conhecimento geral, controlou e talvez ainda controle, parcela ponderável do narcotráfico na região, boa parte do qual, exportado para o resto da América?
Que tipo de participação terá o grupo guerrilheiro, até então pensado na mente das pessoas como clandestino, na estrutura política formal da Colômbia?
Terão as FARC território próprio encravado na república oficial?
Quais serão as atribuições do Senhor Rodrigo Londoño, líder representativo da organização, também conhecido como "Timochenko", e de seus mais de sete mil guerrilheiros ainda ativos, na máquina militar e administrativa do país, após a homologação do acordo?
Terá a arte diplomática latino-americana alguma surpreendente carta no colete que garanta a execução suave da transição? Essas são algumas das dúvidas que surgem no espírito de todo americano que habita abaixo do equador e cujo destino certamente será influenciado pelo acordo.
26 de junho de 2016
Paulo Roberto Gotaç Capitão de Mar e Guerra reformado.
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