"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

INVESTIGADO NA LAVA JATO, NOVO PRESIDENTE DA CÂMARA E UMA FIGURA CARICATA


Na Câmara, ninguém leva a sério o novo presidente









O deputado Waldir Maranhão (PP-MA) assume a presidência da Câmara após o afastamento do então presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).  Está no terceiro mandato de deputado federal e foi eleito vice-presidente da Câmara em fevereiro de 2015, com o apoio de Cunha. O primeiro mandato foi entre 2007 e 2011, quando o político ainda era filiado ao PSB. Já pelo PP, ele se elegeu novamente nas eleições de 2010 e de 2014.
Como aliado de Cunha, Maranhão decidiu limitar a investigação no Conselho de Ética sobre o então presidente da Câmara, e o peemedebista não pôde ser investigado sobre as acusações de que teria recebido propina, conforme relato de delatores da operação Lava Jato.
Na decisão, tomada em abril, Maranhão determinou que o foco da apuração no colegiado fique somente sobre a suspeita de que Cunha teria contas bancárias secretas no exterior e de que teria mentido sobre a existência delas em depoimento à CPI da Petrobras, em março de 2015. Cunha sempre negou ser o titular dessas contas e diz ser apenas o beneficiário de fundos geridos por trustes.
CONTRA O IMPEACHMENT
Já na votação na Câmara que decidiu pelo prosseguimento do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, que aconteceu no dia 17 de abril, Maranhão foi um dos quatro deputados do PP que decidiu votar contra. A maioria dos deputados do partido – 38 de 45 – votou a favor do prosseguimento do processo de impeachment.
O nome de Maranhão, assim como o de Cunha, está nos inquéritos autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar políticos na Operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção na Petrobras. Na época, o ministro Teori Zavascki autorizou a abertura de inquérito para investigar 47 políticos.
Segundo o depoimento do doleiro Alberto Youssef na delação premiada, Maranhão fazia parte de um grupo de menor expressão do PP que recebia repasses mensais entre R$ 30 mil e R$ 150 mil da “cota” da legenda no esquema de corrupção da Petrobras. Se os ministros do Supremo entenderem que há provas suficientes contra Maranhão, ele pode virar réu.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – A partir de agora, os partidos precisam se preocupar mais com a indicação de parlamentares para compor as Mesas da Câmara e do Senado. Afinal, eles entram na linha sucessória e, por um golpe do destino, podem acabar ocupando a Presidência da República. Maranhão é uma figura caricata, ninguém o respeita nem leva a sérioSua presença à frente da Mesa da Câmara é um acinte e demonstra a esculhambação que hoje domina a política nacional. (C.N.)
06 de maio de 2016
Deu no G1

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