MELLO DEFENDEU, NO ENTANTO, O RESPEITO À ORDEM JURÍDICA
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), demonstrou preocupação com a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quinta-feira, 3, para prestar depoimento à Polícia Federal no âmbito das investigações da Operação Lava Jato. "Me preocupa um ex-presidente da República ser conduzido debaixo de vara", disse.
De acordo com o ministro, a Polícia Federal deveria ter "observado os parâmetros normais" e intimado Lula a prestar depoimento em vez de levá-lo contra sua vontade.
APESAR DISSO, O MINISTRO DISSE QUE A CONDUÇÃO COERCITIVA DE LULA NÃO PREJUDICA A LEGITIMIDADE DAS INVESTIGAÇÕES FOTO: MARCELO CAMARGO/ ABR |
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), demonstrou preocupação com a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quinta-feira, 3, para prestar depoimento à Polícia Federal no âmbito das investigações da Operação Lava Jato. "Me preocupa um ex-presidente da República ser conduzido debaixo de vara", disse.
De acordo com o ministro, a Polícia Federal deveria ter "observado os parâmetros normais" e intimado Lula a prestar depoimento em vez de levá-lo contra sua vontade.
"Um ex-presidente da República, sem ter oposto resistência física, ser conduzido coercitivamente revela em que ponto nós estamos. A coisa chegou ao extremo", afirmou Mello.
Apesar disso, o ministro disse que a condução coercitiva de Lula não prejudica a legitimidade das investigações.
Apesar disso, o ministro disse que a condução coercitiva de Lula não prejudica a legitimidade das investigações.
"O depoimento do ex-presidente é uma fase embrionária da Operação. Espero que tudo seja esclarecido. Se alguém cometeu desvio de conduta, que pague por esse desvio."
Mello defendeu, no entanto, o respeito à ordem jurídica. "Esse é o preço módico que pagamos por viver em um Estado democrático de direito. Não se avança culturalmente sem isso."
A 24ª da Operação Lava Jato, que tem como principal alvo o ex-presidente, é, para Mello, a prova de que não há ninguém a cima da lei. "O Supremo já havia diplomado isso no julgamento do mensalão. Todos estão submetidos às leis vigentes no País".(AE)
04 de março de 2016
diário do poder
NOTA AO PÉ DO TEXTO
Em quantos países, presidentes e ex-presidentes, ministros e outras celebridades envolvidos em corrupção foram conduzidos a julgamentos, investigações e até detenções?
Quem se interessar pela resposta, pode fazer uma pesquisa sobre a matéria...
Não acredito que a essa altura da Operação Lava Jato, a ação de conduzir um ex-presidente para prestar esclarecimentos sobre um conjunto de suspeições, não esteja solidamente calcada em farta documentação que comprova o envolvimento de Lula.
Hoje, Lula é apenas um cidadão como outro qualquer. Não goza do famigerado 'fórum especial' que privilegia envolvidos em crimes, apenas porque detém um mandato político.
Além do mais, pergunto-me: por que tanto estardalhaço com a simples convocação de Lula para prestar esclarecimentos?? Por que não ocorreu a mesma gritaria com a prisão de Senadores da República?? E mais: no pleno exercício do mandato??
Tudo indica a presença de uma organização voltada para blindar um político que não correspondeu as expectativas de uma nação, e que valeu-se do cargo para impor a República um dos mais tristes espetáculos de corrupção, ou como querem alguns analistas, impor ao país uma quadrilha de famigerados assaltantes, agindo como o faz o crime organizado. Assistimos a quebra de um símbolo nacional, como sempre representou a Petrobras, espoliada para sustentar eleições e enriquecer empresários e corruptos.
Triste espetáculo não é a condução coercitiva de um cidadão que precisa explicar muitas coisas à nação.
O que me preocupa, embora meus sentimentos não possam repercutir como os de um Ministro do STF, não é o fato da condução de Lula para prestar depoimento. O que me aflige é a continuidade de tais fatos, que ao que tudo indica, poderão morrer na praia, dando ao epicentro do terremoto moral que abalou o país, a isenção de sua responsabilidade em todos esses calamitosos acontecimentos.
m.americo
Mello defendeu, no entanto, o respeito à ordem jurídica. "Esse é o preço módico que pagamos por viver em um Estado democrático de direito. Não se avança culturalmente sem isso."
A 24ª da Operação Lava Jato, que tem como principal alvo o ex-presidente, é, para Mello, a prova de que não há ninguém a cima da lei. "O Supremo já havia diplomado isso no julgamento do mensalão. Todos estão submetidos às leis vigentes no País".(AE)
04 de março de 2016
diário do poder
NOTA AO PÉ DO TEXTO
Em quantos países, presidentes e ex-presidentes, ministros e outras celebridades envolvidos em corrupção foram conduzidos a julgamentos, investigações e até detenções?
Quem se interessar pela resposta, pode fazer uma pesquisa sobre a matéria...
Não acredito que a essa altura da Operação Lava Jato, a ação de conduzir um ex-presidente para prestar esclarecimentos sobre um conjunto de suspeições, não esteja solidamente calcada em farta documentação que comprova o envolvimento de Lula.
Hoje, Lula é apenas um cidadão como outro qualquer. Não goza do famigerado 'fórum especial' que privilegia envolvidos em crimes, apenas porque detém um mandato político.
Além do mais, pergunto-me: por que tanto estardalhaço com a simples convocação de Lula para prestar esclarecimentos?? Por que não ocorreu a mesma gritaria com a prisão de Senadores da República?? E mais: no pleno exercício do mandato??
Tudo indica a presença de uma organização voltada para blindar um político que não correspondeu as expectativas de uma nação, e que valeu-se do cargo para impor a República um dos mais tristes espetáculos de corrupção, ou como querem alguns analistas, impor ao país uma quadrilha de famigerados assaltantes, agindo como o faz o crime organizado. Assistimos a quebra de um símbolo nacional, como sempre representou a Petrobras, espoliada para sustentar eleições e enriquecer empresários e corruptos.
Triste espetáculo não é a condução coercitiva de um cidadão que precisa explicar muitas coisas à nação.
O que me preocupa, embora meus sentimentos não possam repercutir como os de um Ministro do STF, não é o fato da condução de Lula para prestar depoimento. O que me aflige é a continuidade de tais fatos, que ao que tudo indica, poderão morrer na praia, dando ao epicentro do terremoto moral que abalou o país, a isenção de sua responsabilidade em todos esses calamitosos acontecimentos.
m.americo
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