HÁ ALGO EM COMUM EM PEDRO COLLOR, JEFFERSON E DELCÍDIO

Quando o Delcídio saiu da prisão, logo começaram as fortes críticas sobre a liberação do senador, autorizada pelo ministro Teori Zavascki. O que quase ninguém notou é que o Ministério Público havia concordado com tal liberação. Ora, ali tinha coisa… Se o próprio MPF havia solicitado a liberação aparentemente sem maiores novidades, e o ministro autorizado, é porque o que ele tinha de fazer enjaulado já havia sido feito.

Agora, o estrago é fenomenal e cada qual que cuide do seu enterro! Em todo caso, fosse eu o senador delator, renunciaria logo ao mandato, cairia nos braços fortes do juiz Moro e pediria hospedagem no hotel da PF de Curitiba. Pode ser ruim, mas é muito mais seguro lá do que ficar dando mole por aqui.

PRIMEIROS PINGOS…

É a tal história: quando começa a chover forte, enfrente os primeiros pingos porque eles são os menores…

O que Delcídio fez agora é o mesmo que o Pedro Collor e o Roberto Jefferson fizeram no passado: entre se jogar no precipício ou enfrentar as feras, sabiamente preferiram ir pro embate. Tal alternativa parece lógica, o problema é que na maioria das vezes a lógica não é considerada. Marcos Valério que o diga.

Em todo caso, tal qual Roberto Jefferson, penso que o Delcídio merece uma estátua em praça pública. Ao lado da própria cela…

04 de março de 2016

Rodrigo Odilon dos Anjos