LULA: "SE O JUIZ MORO QUISESSE ME OUVIR, ERA SÓ MANDAR UM OFÍCIO"
O ex-presidente Lula afirmou nesta sexta-feira, após deixar o Aeroporto de Congonhas (SP), onde foi conduzido coercitivamente para depor à Polícia Federal, que não deve e nem teme nada. Ele disse ainda, a militantes, na sede do PT em São Paulo, que, se o juiz Sérgio Moro queira ouvi-lo na Operação Lava Jato, bastaria “mandar um ofício”.
"Se você não sabe, dia 5 de janeiro eu estava de férias. Eu suspendi as férias para ir a Brasília para prestar um depoimento a convite da Polícia Federal, portanto se o juiz Moro ou o MP quisesse me ouvir, era só ter mandado um ofício porque eu iria como sempre fui prestar esclarecimento. Porque não devo e não temo", afirmou Lula.
Em entrevista coletiva no início da tarde desta sexta, Lula afirmou também que se sentiu um “prisioneiro”. E aproveitou, como de costume, para criticar a imprensa pelo que considera um “espetáculo midiático”. “Eu me senti ultrajado, como se fosse prisioneiro, apesar do tratamento cortês do delegado da polícia federal. Se quiseram matar a jararaca, não bateram na cabeça, bateram no rabo. A jararaca tá viva, como sempre esteve”, afirmou.
Para Lula, a força-tarefa da Lava Jato teria promovido “pirotecnia” ao pedir e obter autorização para levá-lo a depor no Aeroporto de Congonhas. “Lamentavelmente, acho que estamos vivendo um processo que a pirotecnia vale mais do que qualquer coisa. O que vale mais é o show midiático do que a apuração séria, responsável que deve ser feita pela Justiça, pela polícia, pelo MP, com contribuições que eu não só valorizei, mas como valorizei muito quando era presidente da República. Nunca investiram tanto nessas coisas como eu, que investi nas instituições”, disse o petista. “Eu vim ao mundo para viver em adversidades. Eu nunca na minha vida tive nada fácil. Foi tudo muito difícil. E eu agora que pensava que, aos 70 anos, poderia me aposentar e apenas ser cabo eleitoral”.
Para o Ministério Público Federal, “há evidências de que o ex-presidente Lula recebeu valores oriundos do esquema Petrobras por meio da destinação e reforma de um apartamento tríplex e de um sítio em Atibaia, da entrega de móveis de luxo nos dois imóveis e da armazenagem de bens por transportadora. Também são apurados pagamentos ao ex-presidente, feitos por empresas investigadas na Lava Jato, a título de supostas doações e palestras”.
04 de março de 2016
diário do poder
LULA AFIRMOU APÓS SER LEVADO PELA PF PARA DEPOR QUE NÃO DEVE E NÃO TEME. FOTO: GABRIELA BILÓ/ESTADÃO CONTEÚDO |
O ex-presidente Lula afirmou nesta sexta-feira, após deixar o Aeroporto de Congonhas (SP), onde foi conduzido coercitivamente para depor à Polícia Federal, que não deve e nem teme nada. Ele disse ainda, a militantes, na sede do PT em São Paulo, que, se o juiz Sérgio Moro queira ouvi-lo na Operação Lava Jato, bastaria “mandar um ofício”.
"Se você não sabe, dia 5 de janeiro eu estava de férias. Eu suspendi as férias para ir a Brasília para prestar um depoimento a convite da Polícia Federal, portanto se o juiz Moro ou o MP quisesse me ouvir, era só ter mandado um ofício porque eu iria como sempre fui prestar esclarecimento. Porque não devo e não temo", afirmou Lula.
Em entrevista coletiva no início da tarde desta sexta, Lula afirmou também que se sentiu um “prisioneiro”. E aproveitou, como de costume, para criticar a imprensa pelo que considera um “espetáculo midiático”. “Eu me senti ultrajado, como se fosse prisioneiro, apesar do tratamento cortês do delegado da polícia federal. Se quiseram matar a jararaca, não bateram na cabeça, bateram no rabo. A jararaca tá viva, como sempre esteve”, afirmou.
Para Lula, a força-tarefa da Lava Jato teria promovido “pirotecnia” ao pedir e obter autorização para levá-lo a depor no Aeroporto de Congonhas. “Lamentavelmente, acho que estamos vivendo um processo que a pirotecnia vale mais do que qualquer coisa. O que vale mais é o show midiático do que a apuração séria, responsável que deve ser feita pela Justiça, pela polícia, pelo MP, com contribuições que eu não só valorizei, mas como valorizei muito quando era presidente da República. Nunca investiram tanto nessas coisas como eu, que investi nas instituições”, disse o petista. “Eu vim ao mundo para viver em adversidades. Eu nunca na minha vida tive nada fácil. Foi tudo muito difícil. E eu agora que pensava que, aos 70 anos, poderia me aposentar e apenas ser cabo eleitoral”.
Para o Ministério Público Federal, “há evidências de que o ex-presidente Lula recebeu valores oriundos do esquema Petrobras por meio da destinação e reforma de um apartamento tríplex e de um sítio em Atibaia, da entrega de móveis de luxo nos dois imóveis e da armazenagem de bens por transportadora. Também são apurados pagamentos ao ex-presidente, feitos por empresas investigadas na Lava Jato, a título de supostas doações e palestras”.
04 de março de 2016
diário do poder
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