O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou o aeroporto de Congonhas após dar depoimento por três horas e chegou, por volta das 12h40, no diretório do Partido dos Trabalhadores, no centro de São Paulo, após prestar depoimento por cerca de 3 horas à Polícia Federal, no aeroporto de Congonhas.
Lula é o principal alvo da nova fase da Operação Lava Jato, que realizou mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva na residência de Lula, no apartamento de seu filho Fábio Luís Lula da Silva, também conhecido como Lulinha “Fenômeno”, no Instituto Lula, na Odebrecht e na OAS. Há mandados busca e apreensão em Atibaia e Guarujá, onde estão sítio e tríplex, respectivamente, além de Santo André e Manduri.
No diretório, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, está comandando uma reunião extraordinária da Executiva Nacional do PT, com a participação do ex-presidente, que é um dos alvos da 24ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta sexta-feira (4).
OPERAÇÃO POLICIALESCA
Falcão classificou a operação desta sexta como “política, midiática e policialesca”. E acrescentou: “O momento é de vigília e de reflexão”. Em vídeo transmitido na internet, Falcão faz uma exortação à militância petista: “Nesse momento grave, em que se monta uma operação política, um espetáculo midiático em torno do presidente Lula e sua família, conclamamos todos os diretórios em todos os estados a entrarem em vigília” e aguardar os desdobramentos do depoimento do presidente.
O Ministério Público Federal afirmou em nota que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi “um dos principais beneficiários” de crimes cometidos no âmbito da Petrobras. A Procuradoria afirma que R$ 30,7 milhões, entre palestras e doações, foram disponibilizadas para instituições ligadas ao ex-presidente Lula pelas cinco maiores empreiteiras investigadas pela operação.
A MULHER E A NORA
Além de Lula, entre os alvos dessa fase da Lava Jato estão a mulher dele, Marisa, os filhos Marcos Cláudio, Fábio Luis e Sandro Luis, e a nora Marlene Araújo. Na lista de alvos também estão o empresário Fernando Bittar e Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula. Entre as empresas há a empreiteira OAS e a Gamecorp, do filho de Lula, Fabio Luis.
O ex-presidente é alvo de mandado de busca e apreensão e de condução coercitiva (quando o investigado é obrigado a depor). Os advogados dele tinham entrado com habeas corpus para evitar a medida, mas ele valia só para São Paulo, e não para Curitiba, de onde despacha o juiz federal Sergio Moro, conforme informações dadas à Folha.
04 de março de 2016
Deu na Folha
Nenhum comentário:
Postar um comentário