"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

REFLEXÕES SOBRE UMA ALTERNATIVA PARA TIRAR O BRASIL DA CRISE



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O grande e experiente jornalista Pedro do Coutto centra fogo nas consequências econômicas nocivas do ajuste fiscal, porque acabam pagando o maior preço os mais fracos e, principalmente, os que perderam/vão perder o emprego. É urgente uma alternativa para estes brasileiros, e pode ser encontrada.

Esgotado o ciclo de 12 anos da expansão keynesiana da demanda (aumento real de salário mínimo; expansão do crédito e gastos do governo), agora é preciso arrumar a casa com uma política econômica pelo lado da oferta, para em dois anos preparar as bases para novo ciclo de crescimento, de novo com base na demanda.

A economia tem que caminhar com as duas pernas e não aos pulos como um saci pererê, só com a perna da demanda. O problema é que quando se troca de perna como se está fazendo agora, “antes de melhorar, ainda piora” por dois anos. Nesse período crítico, a capitã do navio, teria que explicar bem ao povo o que está acontecendo, o porquê disso, e que depois da tempestade virão dias maravilhosos onde se atingirá pleno emprego (desemprego de 3,5%) e “todos vão ganhar dinheiro”.

ANIMAR O POVO

Mesmo na tempestade do ajuste fiscal, é preciso animar o povo do navio Brasil. Para enfrentar o crescente desemprego que o ajuste fiscal implica, criar um novo programa de desfavelização tipo o programa cingapura, financiado pelo “melhor imposto que se pudesse criar, só sobre ganhos financeiros”. 
Agora também é hora de ativar o máximo possível o “Minha Casa Minha Vida”, o PAC etc. Uma boa ração de Rum para enfrentarmos a tempestade.

Além disso, enfatizar que agora o maior motor de crescimento serão as exportações líquidas Vendemos ao exterior, em 2014, US$ 226 bilhões. Vamos lançar o desafio de US$ 275 bilhões para 2015. 
Rompemos praticamente a barreira de 200 milhões de toneladas de grãos em 2014. Então, lançar o desafio de 230 milhões de toneladas para 2015. Mesma coisa com as carnes (proteína animal), laticínios e frutas. A China diminuiu sua demanda por commodities, mas à medida que enriquece, vai importar mais proteína animal, e com o resto do mundo, a mesma coisa.

E A INDÚSTRIA?

A nossa indústria, a Embraer, o aço, o alumínio, o papel e celulose, a indústria química, as borrachas, fármacos, etc., etc., tudo tem que ser energizado para exportar mais. Somando as exportações, é possível chegar a US$ 275 bilhões em 2015.

Gostemos ou não do governo Lula/José Alencar, que tiveram a sorte de pegar boa conjuntura internacional, temos que reconhecer que eles tinham ideias. Começaram com o fome zero, acabado o problema da fome, partiu-se para o Proálcool-Biodiesel, mas o programa deu para trás, atingido pelo baixo preço artificial da gasolina. 
E descobriram um filão melhor ainda, explorar os imensos campos de petróleo do Pré-Sal, que vão do Nordeste ao Sul da Ilha de Santa Catarina, e transformar o Brasil em uma nova Arábia Saudita inundando o mundo carente de petróleo/gás, agora já não importando que ele “polua um pouco”, afinal o negócio é mesmo, gasolina barata na bomba.

O governo Dilma/Temer tem que se inspirar nisso. A meu ver, a hora é de ativar nosso motor exportador, inundar o mundo de comidas (grãos, café, açúcar, frutas, a maravilhosa proteína animal, laticínios, produtos industriais gerais e serviços. Vamos matar a fome do mundo.

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