O grande e experiente jornalista Pedro do Coutto centra fogo nas consequências econômicas nocivas do ajuste fiscal, porque acabam pagando o maior preço os mais fracos e, principalmente, os que perderam/vão perder o emprego. É urgente uma alternativa para estes brasileiros, e pode ser encontrada.
Esgotado o ciclo de 12 anos da expansão keynesiana da demanda (aumento real de salário mínimo; expansão do crédito e gastos do governo), agora é preciso arrumar a casa com uma política econômica pelo lado da oferta, para em dois anos preparar as bases para novo ciclo de crescimento, de novo com base na demanda.
A economia tem que caminhar com as duas pernas e não aos pulos como um saci pererê, só com a perna da demanda. O problema é que quando se troca de perna como se está fazendo agora, “antes de melhorar, ainda piora” por dois anos. Nesse período crítico, a capitã do navio, teria que explicar bem ao povo o que está acontecendo, o porquê disso, e que depois da tempestade virão dias maravilhosos onde se atingirá pleno emprego (desemprego de 3,5%) e “todos vão ganhar dinheiro”.
ANIMAR O POVO
Mesmo na tempestade do ajuste fiscal, é preciso animar o povo do navio Brasil. Para enfrentar o crescente desemprego que o ajuste fiscal implica, criar um novo programa de desfavelização tipo o programa cingapura, financiado pelo “melhor imposto que se pudesse criar, só sobre ganhos financeiros”.
Agora também é hora de ativar o máximo possível o “Minha Casa Minha Vida”, o PAC etc. Uma boa ração de Rum para enfrentarmos a tempestade.
Agora também é hora de ativar o máximo possível o “Minha Casa Minha Vida”, o PAC etc. Uma boa ração de Rum para enfrentarmos a tempestade.
Além disso, enfatizar que agora o maior motor de crescimento serão as exportações líquidas Vendemos ao exterior, em 2014, US$ 226 bilhões. Vamos lançar o desafio de US$ 275 bilhões para 2015.
Rompemos praticamente a barreira de 200 milhões de toneladas de grãos em 2014. Então, lançar o desafio de 230 milhões de toneladas para 2015. Mesma coisa com as carnes (proteína animal), laticínios e frutas. A China diminuiu sua demanda por commodities, mas à medida que enriquece, vai importar mais proteína animal, e com o resto do mundo, a mesma coisa.
Rompemos praticamente a barreira de 200 milhões de toneladas de grãos em 2014. Então, lançar o desafio de 230 milhões de toneladas para 2015. Mesma coisa com as carnes (proteína animal), laticínios e frutas. A China diminuiu sua demanda por commodities, mas à medida que enriquece, vai importar mais proteína animal, e com o resto do mundo, a mesma coisa.
E A INDÚSTRIA?
A nossa indústria, a Embraer, o aço, o alumínio, o papel e celulose, a indústria química, as borrachas, fármacos, etc., etc., tudo tem que ser energizado para exportar mais. Somando as exportações, é possível chegar a US$ 275 bilhões em 2015.
Gostemos ou não do governo Lula/José Alencar, que tiveram a sorte de pegar boa conjuntura internacional, temos que reconhecer que eles tinham ideias. Começaram com o fome zero, acabado o problema da fome, partiu-se para o Proálcool-Biodiesel, mas o programa deu para trás, atingido pelo baixo preço artificial da gasolina.
E descobriram um filão melhor ainda, explorar os imensos campos de petróleo do Pré-Sal, que vão do Nordeste ao Sul da Ilha de Santa Catarina, e transformar o Brasil em uma nova Arábia Saudita inundando o mundo carente de petróleo/gás, agora já não importando que ele “polua um pouco”, afinal o negócio é mesmo, gasolina barata na bomba.
E descobriram um filão melhor ainda, explorar os imensos campos de petróleo do Pré-Sal, que vão do Nordeste ao Sul da Ilha de Santa Catarina, e transformar o Brasil em uma nova Arábia Saudita inundando o mundo carente de petróleo/gás, agora já não importando que ele “polua um pouco”, afinal o negócio é mesmo, gasolina barata na bomba.
O governo Dilma/Temer tem que se inspirar nisso. A meu ver, a hora é de ativar nosso motor exportador, inundar o mundo de comidas (grãos, café, açúcar, frutas, a maravilhosa proteína animal, laticínios, produtos industriais gerais e serviços. Vamos matar a fome do mundo.
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