A descoberta de que o governo americano grampeou os telefones de vários agentes públicos brasileiros, inclusive a presidente da República, é de tamanha gravidade que está a exigir a adoção de medidas judiciais nas Cortes Internacionais competentes, por parte do governo brasileiro, com pedido da mais completa, ampla abrangente e pesada reparação pecuniária por dano moral ao Brasil e aos brasileiros.
Mas nada será feito. O Edinho Silva já disse que está tudo bem. Que os americanos reconheceram o erro e isso é o quanto basta, além de ser fato do passado, segundo Edinho. Mas erro, seu Edinho? Isso não é erro. É crime. No campo internacional, crime hediondo. No passado, seria motivo de declaração de guerra.
ACOVARDAMENTO
Hoje, com os agentes governamentais que o Brasil tem, é motivo de acovardamento. Deixa até transparecer que essa gente da Brasília-federal sente uma ponta de orgulho ao descobrir que seus telefones foram (e por que não continuariam sendo?) grampeados pelo Tio Sam. E nada será feito porque falta moral aos governantes brasileiros para ir aos tribunais exigir reparação por dano moral. E sendo a moral um bem que eles não têm, não existe dano perpetrado contra um bem inexistente. Um governo que assaltou a Petrobras não tem lastro de dignidade para recorrer às cortes internacionais com pedido de indenização contra o governo americano por grampear os telefones de um punhado de seus agentes da alta esfera governamental.
Nas democracias, as mesmas regras, costumes e leis que regem a convivência social entre as pessoas e os povos prevalecem também entre as Nações. Violar correspondência, comunicação telegráfica, telefônica ou interceptar-grampear o telefone dos outros é crime aqui no Brasil e em qualquer parte do mundo democrático.
Mesmo com índice de aprovação de apenas 9%, Dilma Rousseff ainda é a presidente do Brasil. E ainda nesta condição, tem o dever de abrir processo judicial contra os Estados Unidos da América do Norte, com pedido de reparação por danos morais. Se cruzar os braços, prevaricou. Até nisso…
06 de julho de 2015
Jorge Béja
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