"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 31 de julho de 2015

MEIA CASA, MEIA VIDA...

Dilma vai ao Rio inaugurar conjunto Meia Casa, Meia Vida. Sem água, sem asfalto, sem escola.



(Globo) Empenhada em priorizar uma agenda positiva em meio à crise política e às revelações da Operação Lava-Jato, a presidente Dilma Rousseff entrega nesta sexta-feira, em Maricá, no Grande Rio, dois conjuntos habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida cujas obras, já atrasadas um ano e meio, e que foram terminadas às pressas. Nesta quinta-feira, as 2.932 unidades divididas em dois condomínios não tinham água e luz. Além disso, os imóveis visitados pelo GLOBO ficam em bairros que não têm infraestrutura básica, como saneamento.

Os conjuntos, batizados com nomes de guerrilheiros que lutaram contra a ditadura, custaram R$ 195 milhões. A solenidade de entrega das chaves, que terá a presença do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) e do prefeito Washington Quaquá (PT), será no condomínio Carlos Marighella, em Itaipuaçu. Em frente, onde deveria estar creche, posto de saúde e escola — contrapartida da prefeitura no convênio federal — só há um terreno vazio.

Ontem, operários corriam com os últimos preparativos para receber Dilma: pintura de canteiros, limpeza de terrenos baldios e coleta de lixo. Não havia água nas torneiras nem para os funcionários da prefeitura que trabalhavam. Nas proximidades, era possível ver ruas asfaltadas pela metade. Não havia calçadas e meio-fio. Em Itaipuaçu, só a via principal, por onde vão passar as autoridades, tem pavimentação completa.

Moradora da região há 10 anos, a auxiliar de produção Meire Ribeiro da Silva, de 42 anos, empurrava um carrinho de mão com dois galões de água. A filha Camile, de 12 anos, tentava equilibrar cinco garrafas PET. Sob o sol forte, as duas caminhavam em direção à bomba de um poço artesiano clandestino.

Empenhada em priorizar uma agenda positiva em meio à crise política e às revelações da Operação Lava-Jato, a presidente Dilma Rousseff entrega nesta sexta-feira, em Maricá, no Grande Rio, dois conjuntos habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida cujas obras, já atrasadas um ano e meio, e que foram terminadas às pressas. Nesta quinta-feira, as 2.932 unidades divididas em dois condomínios não tinham água e luz. Além disso, os imóveis visitados pelo GLOBO ficam em bairros que não têm infraestrutura básica, como saneamento.

Os conjuntos, batizados com nomes de guerrilheiros que lutaram contra a ditadura, custaram R$ 195 milhões. A solenidade de entrega das chaves, que terá a presença do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) e do prefeito Washington Quaquá (PT), será no condomínio Carlos Marighella, em Itaipuaçu. Em frente, onde deveria estar creche, posto de saúde e escola — contrapartida da prefeitura no convênio federal — só há um terreno vazio.

Ontem, operários corriam com os últimos preparativos para receber Dilma: pintura de canteiros, limpeza de terrenos baldios e coleta de lixo. Não havia água nas torneiras nem para os funcionários da prefeitura que trabalhavam. Nas proximidades, era possível ver ruas asfaltadas pela metade. Não havia calçadas e meio-fio. Em Itaipuaçu, só a via principal, por onde vão passar as autoridades, tem pavimentação completa.

Moradora da região há 10 anos, a auxiliar de produção Meire Ribeiro da Silva, de 42 anos, empurrava um carrinho de mão com dois galões de água. A filha Camile, de 12 anos, tentava equilibrar cinco garrafas PET. Sob o sol forte, as duas caminhavam em direção à bomba de um poço artesiano clandestino.

31 de julho de 2015
in coroneLeaks

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