"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 21 de julho de 2015

CIENTISTA POLÍTICO AVISA QUE O IMPEACHMENT VEM AÍ



A ruptura do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com o Palácio do Planalto é o último de quatro elementos necessários para o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Essa é a opinião de Carlos Pereira, pós-doutor em ciência política pela Universidade de Oxford e professor titular da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (Ebape/FGV).
Segundo Pereira, são necessários quatro elementos para que o impedimento de um presidente ocorra: crise econômica com políticas de ajuste que geram perdas no curto prazo; escândalo de corrupção com desgaste de sua popularidade; manifestações populares em massa; e perda de maioria do governo no legislativo. “Nas últimas décadas, foi assim com o Equador, a Bolívia e o Paraguai”, afirma. “Se o PMDB acompanhar a decisão de Cunha, configura-se a situação necessária para que um impeachment ocorra”.
ROTA DE COLISÃO
Eduardo Cunha estava em rota de colisão com o Planalto desde que assumiu a Presidência da Câmara, no início do ano, apesar de integrante de um partido da base governista. Ele responsabiliza o Planalto pelo seu envolvimento nas investigações da Operação Lava Jato. Nesta quinta (16), Cunha foi acusado pelo lobista Júlio Camargo de receber US$ 5 milhões de propina. O deputado nega as acusações.
Para Pereira, a falta de sinalização da presidente Dilma de que protegeria Cunha na Operação Lava Jato fez com que o peemedebista partisse agora para o ataque. “O governo não sobreviverá a esta figura tão poderosa e idiossincrática assumindo individualmente os custos da operação”, afirma.

21 de julho de 2015
Aline Ribeiro
Época

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