"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

IDIOLATRIA


“Enquanto ‘lutava’ em Sierra Maestra, sua coluna fez amizade com um cãozinho de algumas semanas, segundo confessa. O bichinho apareceu no acampamento por causa dos restos de comida e para brincar com os homens, e se tornou o mascote do grupo. Certo dia, enquanto marchavam com o intuito de fazer uma emboscada ao exército de Batista, o cãozinho os seguiu, sempre brincando e balançando a cauda.

Mate o cão Felix, ordenou a um de seus homens. Mas não atire nele. Estrangule-o. Lentamente, segundo ele próprio, Felix fez um laço, colocou em volta do pescoço do cão e começou a enforcá-lo.

Naturalmente, o cão esperava os carinhos habituais. É por isso que balançava a cauda quando Felix colocou a corda no seu pescoço. Este último, à medida que apertava o laço, contorcia o rosto como se fosse a vítima, não o algoz. ‘O alegre balanço da cauda se tornou convulsivo’, escreve. ‘Finalmente, o cão soltou um último latido, que mal se pôde ouvir. Não sei quanto tempo isso levou, mas a mim me pareceu um longo tempo até chegar ao final’, conta. Depois de um último espasmo, o cãozinho jazia imóvel, a cabecinha sobre um ramo qualquer”.¹

O chefe de Félix, o homem que matou o cãozinho sob suas ordens, é idolatrado e tido como um “santo libertador”, que queria a liberdade dos povos. Esse homem, cujo rosto está estampado em show business, nas faculdades, bandas de rock movimento LGBT e nas camisetas de intelectuais em geral foi responsável por perseguir e matar roqueiros, homossexuais, escritores, músicos e qualquer outra pessoa que, minimamente, lhe falasse algo contrário a si mesmo. Seu nome: Ernesto “Che” Guevara.

No ideário mundial, Che é um ícone pop; o modelo de revolucionário, pacifista e humanista. A realidade histórica, entretanto, é diametralmente oposta. Médico fracassado, guerrilheiro medíocre, apologista do ódio e carrasco de um regime que transformou Fidel Castro no homem com o maior número de escravos do planeta. Che era apenas o que ele mesmo dizia que o guerrilheiro deveria ser: uma fria máquina de matar. Mas com uma ressalva: Che apenas matava as vítimas após ela estar devidamente desnuda, imobilizada e torturada, sem qualquer chance de defesa.

Sua sede de sangue não poupou a ninguém. Seu ódio era estilado especialmente aos artistas e homossexuais. Era comum a viatura da polícia política cubana prender homossexuais num conhecido ponto de Havana (frequentado por eles) para levá-los ao fuzilamento. Afinal, para Che, os homossexuais são “aberrações da natureza”. No entanto, Jean Wyllys, deputado que supostamente luta pela causa gay, o admira com devoção, chegando mesmo a posar como se ele próprio fosse o Che.

Guevara também não hesitou em matar crianças, mulheres, idosos, homens, enfim, qualquer pessoa que lhe apetecesse. Foram inúmeros os casos de “julgamentos” em tribunais forjados com uma “testemunha que havia sido estuprada” nada mais era do que uma atriz do partido comunista. Ou então a simples captura de qualquer pessoa acusada de discordar da revolução. Defesa? Contraditório? Nada dessas formalidades burguesas, segundo Che. Ele era a Lei, juiz, o júri, a acusação e a defesa. E assim que sentenciava a pobre alma à morte, vislumbrava de sua ampla janela em La Cabaña, o pelotão de fuzilamento executando suas ordens. É esse homem que os estudantes universitários e o pessoal da esquerda estampam orgulhosamente em bonés, camisetas e bandeiras como símbolo de humanismo e tolerância.

Como administrador, Che também teve destaque... Negativo. Ele simplesmente destruiu a economia cubana, ignorando as necessidades e as relações de mercado/consumo, impondo a instalação de fábricas de produtos ou prestadores de serviço que não atendiam a demanda da ilha. E o resultado foi catastrófico. Cuba, que em 1958 tinha o terceiro maior consumo proteico do mundo, passou a racionar comida. Sua inflação era de 1,4% ao ano, menor do que a dos EUA. O peso era equivalente ao dólar. A genialidade de Che fez com que, já em 1962, Cuba se transformasse de um país em franco desenvolvimento para um dos mais pobres do mundo.

Para termos uma ideia, vejamos quanto de ração diária o Rei da Espanha destinava aos escravos no ano de 1842:

Carne, Frango e Peixe. 230g
Arroz 110g
Carboidratos 470g
Feijão 120g



Muito pouco, não é mesmo. Mas... E quanto será que Fidel destina de ração diária aos cidadãos comuns? A resposta:

Carne, Frango e Peixe. 55g
Arroz 80g
Carboidratos 180g
Feijão 50g


É meus caros. Depois que Che se tornou o czar da economia cubana, a população da ilha passou a comer menos da metade do que os escravos nos tempos da colônia.

Se como humanista, Guevara foi um assassino. Como médico, um fracassado que nem médico era. E como mágico da economia, o semeador da escassez, resta a seus admiradores segurarem-se às habilidades militares de Che que, como conta a lenda, era um guerrilheiro genial. Será?

A suposta genialidade de Che como guerrilheiro era, virtualmente, inexistente. Sua grande habilidade era a de puxar o saco de Fidel Castro, destinando inclusive poemas para o comandante. Pela revolução cubana, nada fez além de dar um tiro no próprio pé, matar inocentes imobilizados e seus próprios companheiros de guerrilha.

Quando na África, Guevara foi derrotado ao tentar montar um foco guerrilheiro, colocando a culpa nos africanos. O detalhe é que foram esses mesmos africanos que lhe impuseram a derrota. Na Bolívia, repete-se a mesma situação. Seu grupo, formado por professores, advogados e estudantes idealistas, não conseguiu cooptar um único camponês sequer. Antes de ser abatido, Che havia ficado cerca de 40 dias perdido na selva o que, para um “guerrilheiro experiente” é, no mínimo, vexatório.

Como se vê Che Guevara é idolatrado por tudo o que ele não era. Claro que a propaganda cubana tem muita influência na construção de sua imagem fictícia. A realidade histórica, entretanto, é completamente diferente. Che não passou de um homem frio, assassino e sanguinário e que, ao mandar seus homens lutarem "até a última bala”, entregou-se como um cãozinho com o rabo entre as pernas a seus captores enquanto sua guerrilha lutava até o último tiro.

A aura do revolucionário humanista, reforçada por filmes-propagandas como o famoso “Diários de Motocicleta” (que omite as atrocidades cometidas por Che e escrita em seus diários) fazem com que os grupos que mais o idolatram sejam justamente aqueles que mais Guevara perseguiu, matou e torturou. São, enfim, uma multidão de idiotas, alienados de qualquer sopro de realidade.

Aqueles que os idolatram e tem orgulho de posar em fotos ao lado de seu retrato em Cuba (feito no prédio sede da polícia secreta cubana) são, além de completos imbecis, cúmplices de inúmeras torturas, assassinatos e violência cometida por ele o sob suas ordens. Os “idiolótras” não conseguem ver que, a única igualdade que Che pregava e fez cumprir foi a das vítimas de seus crimes inomináveis que não diferenciavam sexo, credo, idade ou condição social.


26 de junho de 2015
Lenilton Morato

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