Detesto bancar o dono da verdade, mas percebi logo que a “sabatina” do indicado para o STF, Luiz Edson Fachin, estava se prolongando além do tempo necessário e que isto somente objetivava dar a impressão que os membros da CCJ estavam sendo rigorosíssimos, para ao final aprovarem seu nome, com as rasgações de seda, de parte a parte.
Ficou claro que todos aqueles salamaleques eram um jogo de cena para jogar areia nos olhos dos eleitores. Pobre País!
Com pouquíssimas e honrosas exceções, entre as quais destaco o bravo senador goiano Ronaldo Caiado, a atitude da maioria dos integrantes da CCJ foi marcada pela subserviência, primarismo e deslumbramento.
Isso, ultimamente, tem se repetido com uma frequência preocupante. Alguns senadores parecem desconhecer a autoridade que possuem decorrente do mandato popular que lhes foi conferido e se mostram tímidos diante dos sabatinados.
TOTALMENTE CONFUSOS
Além de tudo, vários membros da CCJ mostraram-se totalmente despreparados para inquirirem o indicado e ficaram totalmente confusos com a inegável cultura jurídica, agilidade mental, preparo e inteligência do jurista.
Houve de tudo nesta sessão da CCJ,inclusive a revoada de Álvaro Dias, nascido no estado de São Paulo, mas senador pelo Paraná, que, num inexplicável e confuso” bairrismo”, não condizente com sua inteligência, defendeu com unhas e dentes a indicação do jurista, que, embora nascido no Rio Grande do Sul, que fez toda sua carreira no Paraná.
A atitude de Álvaro Dias motivou o comentário ouvido num restaurante de Brasília de que brevemente o senador apresentará emenda constitucional, acrescentando às condições de “notável saber jurídico e reputação ilibada”, exigidas de um indicado para o STF, o “ser um paranaense de coração”…
Resta agora saber como se comportará o Plenário do Senado Federal na sessão da próxima terça-feira, quando apreciará a indicação do doutor Edson Luiz Fachin para compor nossa mais Alta Corte de Justiça.
15 de maio de 2015
José Carlos Werneck
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