TOFFOLI E DILMA SE REÚNEM E NÃO FALAM DO PETROLÃO
A presidente Dilma Rousseff é primária em matéria de política e o ministro Dias Toffoli não fica atrás. Como é que os dois marcam uma reunião às pressas, imediatamente após ele requerer transferência da Primeira para a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, com objetivo declarado de presidir as discussões sobre os inquéritos contra políticos investigados pela operação Lava Jato, passam cerca de uma hora e meia juntos e depois Toffoli fiz que não trataram desse assunto?
Certamente Toffoli pensa (?) ou julga (?) que todos os brasileiros têm mesma dificuldade que ele e a presidente apresentam quando tentam concatenar raciocínios.
O fato é que na terça-feira Toffoli se apressou a se apresentar para presidir os inquéritos e julgamentos da Segunda Turma e até cometeu um ato falho, ao dizer que tinha “interesse” em trocar de posição no Supremo. “Interesse”, como? Quer dizer que os ministros do Supremo hoje podem demonstrar “interesse” em participar deste ou daquele julgamento, e isso é considerado normal?
ENCONTRO DE ÚLTIMA HORA
O encontro do ministro com Dilma foi incluído à última hora na agenda oficial da presidente. A informação foi divulgada às 8h30 desta quarta-feira, para informar que a reunião seria às 9h.
“Foi apenas uma questão de circunstância e coincidência”, disse Toffoli, informando que o encontro serviu apenas para apresentar à presidente um projeto para unificar o cadastro do cidadão brasileiro em um único documento, o Registro Civil Nacional.
Quer dizer que passaram uma hora e meia discutindo esse palpitante assunto, enquanto o país pega fogo? Realmente, pode ser apenas “uma questão de circunstância e coincidência”. Mas, como diria o humorista Bussunda: “Fala sério!…”
12 de março de 2015
Carlos Newton
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