Cascais – Portugal - Quando vejo Fernando Henrique Cardoso do lado oposto ao impeachment da Dilma começo a duvidar da lucidez dos nossos pensadores políticos. Muitos deles ainda convivem com a paranoia de que em algum momento os paraquedistas americanos vão descer em Brasília e tomar de assalto o Palácio do Planalto. Os tucanos ainda vivem sobressaltados com o golpe militar de 1964. Por isso, recuam quando normalmente teriam que avançar junto com o povo em casos de calamidade moral e econômica como essas que o Brasil vive.
Adversários dos petistas, os tucanos mais uma vez erram quando optam pelo desgaste da Dilma a vê-la submetida ao impeachment. FHC, o ideólogo do partido, assina embaixo o que diz a Dilma. A presidente acha que é golpe, “ruptura democrática” e “terceiro turno” o povo ir às ruas pedir a cabeça da presidente que implantou a maior rede de corrupção no país, derreteu a economia, está sacrificando o povo com medidas que afetam diretamente as conquistas dos trabalhadores e mantém ao seu lado o ministério mais incompetente da história do país.
Esse samba de uma nota só dos tucanos os brasileiros já conhecem. No primeiro mandato de Lula, os caciques do partido também decidiram sangrar o presidente atolado no mensalão. Achavam que Lula não sobreviveria aos escândalos. Lula não só negou cinicamente os fatos que batiam à sua porta como se beneficiou do fortalecimento da economia que estabilizou o país, obra do próprio FHC. Lula foi reeleito. Como mostra a história, esses doze anos de poder dos petistas devem-se sobretudo a indecisão e a covardia dos tucanos em encarar de frente seu adversário que joga sujo e inescrupulosamente, como fez na eleição passada.
FHC sabe que os Estados Unidos deixaram de ser intervencionistas na América do Sul, portanto, estamos longe de um golpe. Os militares brasileiros devem obediência à Constituição. E a expansão comunista, com o fim da URSS, é coisa do passado depois que o muro de Berlim virou pó. Não existe o perigo do Brasil retroceder nas suas conquistas democráticas que se fortaleceram inclusive com o impeachment do Collor. Por isso, FHC, não desestimule o povo a ir às ruas pedir o impeachment da Dilma porque a manifestação é legítima tal como foi quando os tucanos se juntaram aos petistas para derrubar o Collor. Lembra-se? Claro, porque você foi o principal beneficiado.
O povo brasileiro espera dessa vez que o PSDB reaja aos desmandos desse governo, que incentive os movimentos populares contra a corrupção e que proteja o trabalhador dessas medidas que vão tirar a comida da mesa das suas famílias. Chega de ficar em cima do muro e recuar diante de tanta desmando do PT. Não enfrentar essa situação é deixar que o populismo petista vire uma ditadura branca e que o Exército Vermelho do Lula intimide e cale a boca dos que pedem um país mais decente, mais justo e mais honesto. O PSDB, assim como os líderes de outros partidos, devem ir às manifestação do próximo dia 15 para vigiar, impedir e denunciar alguns militantes petistas infiltrados no movimento que vão gritar e exibir cartazes pela volta dos militares para gerar tumulto e um clima de insegurança democrática.
A posição equivocada de FHC já tem seguidores. O senador Aloisio Nunes, outro expoente do partido, vai no mesmo caminho da subjetividade política. Quer ver a Dilma sangrando até final do mandato. É a mesma atitude submissa de quase dez anos atrás quando o PT estava chafurdando na lama do mensalão, mas reagiu e se manteve no poder. Essa atitude furtiva dos tucanos é que está levando a Dilma a dizer que o impeachment é um terceiro turno e uma ruptura democrática. Uma ova, o seu impedimento leva o vice ao poder, como aconteceu com Itamar sem nenhuma ruptura política.
Se essa posição do tucanos é para preservar o senador mineiro Antonio Anastasia, também envolvido no Petrolão, que me desculpe o FHC, mas não é com esse corporativismo indecente que devemos pensar o Brasil.
12 de março de 2015
Jorge Oliveira
Adversários dos petistas, os tucanos mais uma vez erram quando optam pelo desgaste da Dilma a vê-la submetida ao impeachment. FHC, o ideólogo do partido, assina embaixo o que diz a Dilma. A presidente acha que é golpe, “ruptura democrática” e “terceiro turno” o povo ir às ruas pedir a cabeça da presidente que implantou a maior rede de corrupção no país, derreteu a economia, está sacrificando o povo com medidas que afetam diretamente as conquistas dos trabalhadores e mantém ao seu lado o ministério mais incompetente da história do país.
Esse samba de uma nota só dos tucanos os brasileiros já conhecem. No primeiro mandato de Lula, os caciques do partido também decidiram sangrar o presidente atolado no mensalão. Achavam que Lula não sobreviveria aos escândalos. Lula não só negou cinicamente os fatos que batiam à sua porta como se beneficiou do fortalecimento da economia que estabilizou o país, obra do próprio FHC. Lula foi reeleito. Como mostra a história, esses doze anos de poder dos petistas devem-se sobretudo a indecisão e a covardia dos tucanos em encarar de frente seu adversário que joga sujo e inescrupulosamente, como fez na eleição passada.
FHC sabe que os Estados Unidos deixaram de ser intervencionistas na América do Sul, portanto, estamos longe de um golpe. Os militares brasileiros devem obediência à Constituição. E a expansão comunista, com o fim da URSS, é coisa do passado depois que o muro de Berlim virou pó. Não existe o perigo do Brasil retroceder nas suas conquistas democráticas que se fortaleceram inclusive com o impeachment do Collor. Por isso, FHC, não desestimule o povo a ir às ruas pedir o impeachment da Dilma porque a manifestação é legítima tal como foi quando os tucanos se juntaram aos petistas para derrubar o Collor. Lembra-se? Claro, porque você foi o principal beneficiado.
O povo brasileiro espera dessa vez que o PSDB reaja aos desmandos desse governo, que incentive os movimentos populares contra a corrupção e que proteja o trabalhador dessas medidas que vão tirar a comida da mesa das suas famílias. Chega de ficar em cima do muro e recuar diante de tanta desmando do PT. Não enfrentar essa situação é deixar que o populismo petista vire uma ditadura branca e que o Exército Vermelho do Lula intimide e cale a boca dos que pedem um país mais decente, mais justo e mais honesto. O PSDB, assim como os líderes de outros partidos, devem ir às manifestação do próximo dia 15 para vigiar, impedir e denunciar alguns militantes petistas infiltrados no movimento que vão gritar e exibir cartazes pela volta dos militares para gerar tumulto e um clima de insegurança democrática.
A posição equivocada de FHC já tem seguidores. O senador Aloisio Nunes, outro expoente do partido, vai no mesmo caminho da subjetividade política. Quer ver a Dilma sangrando até final do mandato. É a mesma atitude submissa de quase dez anos atrás quando o PT estava chafurdando na lama do mensalão, mas reagiu e se manteve no poder. Essa atitude furtiva dos tucanos é que está levando a Dilma a dizer que o impeachment é um terceiro turno e uma ruptura democrática. Uma ova, o seu impedimento leva o vice ao poder, como aconteceu com Itamar sem nenhuma ruptura política.
Se essa posição do tucanos é para preservar o senador mineiro Antonio Anastasia, também envolvido no Petrolão, que me desculpe o FHC, mas não é com esse corporativismo indecente que devemos pensar o Brasil.
12 de março de 2015
Jorge Oliveira
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