“De qualquer forma, é mais uma batalha a ser vencida”, escreveu Palocci na mensagem eletrônica de 25 linhas. Ex-ministro da Fazenda no governo de Luiz Inácio Lula da Silva e titular da Casa Civil durante cinco meses, no primeiro mandato de Dilma, ele será investigado pela Justiça Federal do Paraná no âmbito da Operação Lava Jato.
Alvo da Operação Lava Jato, o ex-ministro Antonio Palocci enviou e-mail a ministros, empresários e amigos, negando envolvimento com o esquema de desvio de dinheiro na Petrobrás. Coordenador da campanha de Dilma Rousseff, na eleição presidencial de 2010, Palocci diz que a citação de seu nome no escândalo “não faz o menor sentido” e garante nunca ter tido contato, nem mesmo telefônico, com o ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, que o denunciou em acordo de delação premiada.
Palocci foi acusado por Costa de ter recebido R$ 2 milhões – cifra que seria fruto de propina em contratos da Petrobrás e intermediada pelo doleiro Alberto Youssef – para a campanha de Dilma, em 2010. O próprio Youssef, contudo, negou em sua delação que a quantia havia sido destinada à campanha presidencial de Dilma. Diante disso, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não viu indícios para a abertura de investigação contra a presidente.
“A BEM DA VERDADE”
“Pessoalmente gostaria de lhe transmitir, a bem da verdade, que os “fatos” apontados pelo Sr. Paulo Roberto Costa jamais ocorreram”, disse Palocci no e-mail, enviado a amigos e também a adversários do PT, como o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga.
O ex-ministro cita três pontos para sustentar que as acusações contra ele são inverídicas .
“1. Na campanha presidencial de 2010 participei como um de seus coordenadores, mas não como tesoureiro;
2. Jamais conheci o Sr. Alberto Yussef (sic), não podendo fazer a ele esta ou qualquer outra solicitação, seja direta ou indiretamente;
3. Não estive, nem pessoalmente, nem em contato telefônico com o Sr. Paulo Roberto Costa no ano de 2010, ou mesmo no ano anterior, como já esclareci através da imprensa desde que este assunto surgiu”, insistiu Palocci.
“1. Na campanha presidencial de 2010 participei como um de seus coordenadores, mas não como tesoureiro;
2. Jamais conheci o Sr. Alberto Yussef (sic), não podendo fazer a ele esta ou qualquer outra solicitação, seja direta ou indiretamente;
3. Não estive, nem pessoalmente, nem em contato telefônico com o Sr. Paulo Roberto Costa no ano de 2010, ou mesmo no ano anterior, como já esclareci através da imprensa desde que este assunto surgiu”, insistiu Palocci.
O ministro Teori Zavascki, relator do processo da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), acolheu pedido de Janot e enviou o caso de Palocci à Justiça Federal do Paraná. A investigação será feita em primeira instância porque ele não tem mais foro privilegiado.
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NOTA DA REDAÇÃO – Palocci até agora tem dado sorte e escapado da cadeia, desde os tempos da prefeitura de Ribeirão Preto. Não foi denunciado no mensalão e abriu uma formidável “consultoria de empresas” (leia-se: tráfico de influência), da mesma forma como procederam Erenice Guerra, José Dirceu, Fernando Pimentel e Delúbio Soares. Ficou rico em apenas dois anos, vejam quanta eficiência. Agora vai ser investigado pelo juiz federal Sergio Moro, que não é de brincadeira. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO – Palocci até agora tem dado sorte e escapado da cadeia, desde os tempos da prefeitura de Ribeirão Preto. Não foi denunciado no mensalão e abriu uma formidável “consultoria de empresas” (leia-se: tráfico de influência), da mesma forma como procederam Erenice Guerra, José Dirceu, Fernando Pimentel e Delúbio Soares. Ficou rico em apenas dois anos, vejam quanta eficiência. Agora vai ser investigado pelo juiz federal Sergio Moro, que não é de brincadeira. (C.N.)
12 de março de 2015
Vera Rosa
O Estado de S. Paulo
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