"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

LULA, DILMA E MARINA ABUSAM DE DEMAGOGIA RELIGIOSA CONTRA AÉCIO QUE AGORA TEME PERDER VOTOS ATÉ EM MG

 

Sem apresentar e debater soluções concretas para os problemas urgentes do Brasil, Lula, Dilma Rousseff e Marina Silva adotam um discurso demagógico, paternalista e pseudo-religioso na campanha presidencial de 2014. Visivelmente sabotado em sua campanha, Aécio Neves acaba demonizado pela ofensiva messiânica das adversárias e do semideus Lula. Aécio deixou ontem transparecer que, agora, seu maior medo é perder para Dilma em Minas Gerais...

Ontem, cinco mil pessoas que lotaram o Centro de Convenções Studio 5, em Manaus, presenciaram dois momentos do triste espetáculo de mistificação. Uma militante petista do palco, durante cinco minutos, pediu que “nosso senhor Jesus Cristo tenha misericórdia daqueles que apedrejam a Bíblia” e para que Jesus se voltasse para Dilma, Lula e Eduardo Braga, “para que eles sejam eleitos”. No final da imprecação, levou a plateia a rezar um Pai Nosso, focando a oração, principalmente, em Lula – que sempre teve a imagem profanamente comparada a Cristo.

Lula, que se adapta camaleonicamente a qualquer discurso, aproveitou a deixa para se apresentar como “o Pai”. Lembrou que escolheu Dilma para sucedê-lo em 2010 porque havia encontrado alguém para “cuidar de uma família de 200 milhões de pessoas, a família Brasil”. Afirmando que se sentia como um “pai dos brasileiros”, Lula implorou: “A gente só deixa cuidar do filho da gente quem a gente gosta e confia, não deixa na mão de qualquer um, a gente escolhe com carinho. Não é hora de brincar com este país, é hora de votar na pessoa certa para continuar fazendo as coisas certas”.

O jogo fica mais complicado que nunca. Aécio tenta enfrentar os adversários com discurso racional, advertindo: “O que eu temo é que, se nós não formos para o caminho correto, daqui a quatro anos poderemos estar vivendo a mesma frustração que hoje os brasileiros vivem, com os equívocos do atual governo. O governo federal, a Presidência da República, não é local para aprendizado”.

Mas as adversárias Dilma e Marina, na mesma toada de Lula, apelam para o discurso emocional, messiânico, que acaba seduzindo a maioria do eleitorado – também induzido pelos resultados das pesquisas que indicam a impotência eleitoral de Aécio Neves, diante da força de Dilma (que volta a subir nas intenções de voto, apesar dos desgastes e lambanças de seu desgoverno) e da “sustentabilidade” de Marina – vendida como favorita a disputar um eventual segundo turno com Dilma.

A estranha sucessão presidencial, baseada em ações religiosas e cheia de candidatos oriundos do sistema petista, exceto Aécio Neves e o Pastor Everaldo, caminha para resultados infernais... Os escândalos explodem... Mas, aparentemente, não afetam o desempenho eleitoral do PT. Quando afetam, abrem espaço para a Marina - e não para o Aécio... Eis o drama tragicômico da sucessão incompreensível...

Será que estamos na eleição para presidente do Vaticano e não nos informaram?

Estarrecedor
 

Sabia de nada – como sempre...
 

Manda para onde?


15 de setembro de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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