"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

NO BRASIL MARAVILHA DOS VELHACOS, O EMPREGO NAUFRAGA


 
A crise no emprego já é uma dura realidade que só o governo petista insiste em ignorar. A indústria é quem mais sofre, mas as dificuldades já são generalizadas

O governo petista insiste em dizer que sua política econômica preserva o emprego. Infelizmente, contudo, os indicadores teimam em desmentir o discurso oficial. A piora é generalizada, mas na indústria a situação é bem mais grave.

Só uma gestão que "não tem a menor ideia" de nada, como diz Dilma Rousseff sobre os escândalos na Petrobras, não é capaz de enxergar a dureza da situação. Mês após mês, os resultados pioram, mas o governo persevera em expiar a responsabilidade com culpados imaginários, como a chuva, a seca, a Copa, o mundo ou alguma rotatividade fora de hora.


Segundo o IBGE, os empregos na indústria caíram 3,6% em julho na comparação com o mesmo mês de 2013.
É o pior resultado desde novembro de 2009. Segundo O Estado de S. Paulo, o mercado de trabalho industrial encontra-se agora no nível mais baixo desde abril de 2004. No ano, o emprego industrial cai 2,6%, pior desempenho em 13 anos, de acordo com o Iedi.
Em todas as 14 regiões pesquisadas, houve perda de empregos industriais em julho. Em São Paulo, a queda foi de 5,1%, a maior desde 20011, quando começa a série do IBGE com o indicador – vale lembrar que o estado responde por um terço do pessoal ocupado na indústria.

A má situação do emprego na indústria brasileira não vem de agora. A queda em julho é nada menos que a 34ª consecutiva, ou seja, são quase três anos seguidos ladeira abaixo. E o governo petista acha que não tem nada errado acontecendo na nossa economia...

Os rendimentos na indústria também estão cedendo: queda de 3,4% em julho na comparação com mesmo mês de 2013. É o segundo mês consecutivo que isso acontece. O ritmo de alta da renda na indústria já decaiu de 4,4% em 2012 para os atuais 0,6% acumulados desde janeiro
último.
Os números do IBGE se somam aos do Caged, segundo os quais 74 mil empregos foram eliminados na indústria nos últimos três meses. Também se juntam ao expressivo exército que vem tendo seus contratos de trabalho temporariamente suspensos, no chamado regime de layoff. Já são 12 mil empregados nesta situação, maior contingente desde 2009.

Desde maio, a geração de trabalho no país foi a menor registrada para os respectivos meses desde o início deste século. A redução em comparação com o ano passado ronda os 70%. Se isso não é uma crise brava, o que mais pode ser?

 
O governo repete que o Brasil tem um dos menores índices de desemprego do mundo. Não é verdade: 
se considerada a taxa da Pnad Contínua, países que estiveram no epicentro da crise de 2008/2009, como os EUA, já estão melhores que nós. Não adianta ficar dourando a pílula enquanto os melhores empregos vão ficando pelo caminho.

 Instituto Teotônio Vilela
15 de setembro de 2014

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