"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

INVESTIDORES APOSTAM QUE MARINA VENCE A ELIÇÃO

   



Os investidores estão decididos a levar até o fim a aposta de que Marina Silva derrotará Dilma Rousseff na disputa pela Presidência da República.
Apesar de as pesquisas mais recentes de intenção de votos apontarem ligeira queda da candidata do PSB e pequena recuperação da petista, o mercado se mostrou surpreso com a capacidade de resistência da ex-senadora, que vem sofrendo um ataque feroz do PT e do PSDB.
“Esperávamos que Marina registrasse um tombo maior”, diz Tony Volpon, diretor de Pesquisas para as Américas da Nomura Securities.

Para sustentar as apostas em Marina, os investidores estão recorrendo a casos em que o processo de ataque a candidatos resultou em perdas de votos e, consequentemente, derrotas.
“O que vimos, nessas situações, é que a fuga do eleitorado para o concorrente foi muito rápida. A virada ficou clara em poucos dias e líderes em pesquisas perderam as disputas. Não estamos vendo isso com Marina”, acrescenta Volpon.

Ele cita o caso de Goiás, de 1998, em que Marconi Perillo impôs uma inesperada derrota a Iris Rezende ao partir para cima do adversário usando um personagem para desconstruí-lo.

ELEITORADO HETEROGÊNICO

No entender de Volpon, Marina tem a favor dela o fato de ter construído um eleitorado heterogêneo, que vai de evangélicos aos jovens urbanos, passando por petistas históricos. “Há ainda os votos daqueles que acreditam que só Marina pode derrotar Dilma no segundo turno”, afirma.
Ele ressalta que não será fácil para o PT, mesmo com tantos ataques, impor uma derrota à candidata do PSB.

“O mercado, como todo mundo sabe, tem as suas pesquisas. E elas, por enquanto, estão mostrando uma resiliência de Marina. Vamos ver se essa força se sustentará até os brasileiros depositarem os votos nas urnas”, complementa.

Entre os integrantes da campanha de Dilma, a visão é oposta. Ainda que admitam a força demonstrada por Marina nas últimas pesquisas, a aposta é de que a virada da candidata petista à reeleição vai se dar até a próxima semana, com ela abrindo uma certa vantagem no segundo turno ante a rival. “A recuperação de Dilma é consistente. Estamos conseguindo mostrar o quanto o discurso de Marina é frágil, inconsistente e cheio de incoerência”, afirma um auxiliar do Planalto.

15 de setembro de 2014
Vicente Nunes
Correio Braziliense

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