A candidata do PSB ao Palácio do Planalto, Marina Silva, reiterou neste domingo (14) o compromisso de manter em 4,5% a meta de inflação brasileira, caso seja eleita em outubro.A Folha informou ontem (14) que o economista Alexandre Rands, integrante da equipe de Marina, propôs na semana passada a elevação da meta para acomodar alguns reajustes de preços, como os da conta de luz e da gasolina, que devem acontecer até o próximo ano.
Depois de participar de um comício em Ceilândia, cidade-satélite de Brasília, Marina descartou a ideia do aliado. "Nós estamos mantendo o que está no nosso programa. Qualquer opinião fora disso é isolada de uma pessoa." A proposta de elevar a meta foi feita por Rands durante um evento organizado pelo Bank of America/Merrill Lynch na segunda-feira (8), em São Paulo. Participaram do encontro cerca de 500 investidores e executivos do mercado financeiro.
Desde 2005, o governo define como meta uma variação de 4,5% dos preços de produtos e serviços no Brasil. O sistema tem uma margem de tolerância, que permite que a inflação chegue a 6,5%. É com base nesse indicador que o Banco Central define a taxa de juros que permitirá que os índices de inflação não ultrapassem o limite proposto pelo governo.
O sistema perdeu credibilidade durante a gestão da presidente Dilma. Desde 2010, a inflação tem fechado o ano acima de 4,5%. Economistas estimam que os índices de preços devem subir em torno de 6,3% em 2014 e 2015. Rands defende a mudança da meta para criar um alvo que seja factível a ser perseguido pelo BC. Com isso, a confiança no sistema poderia ser recuperada.
(Folha de São Paulo)
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