Ligações de Gleisi e Paulo Bernardo com telefônicas prejudicam os brasileiros, diz advogada
A advogada e consultora da Proteste, maior organização de defesa do consumidor do Brasil, Flávia Lefèvre Guimarães, fez denúncias sobre telefonia ao jornalista Heródoto Barbeiro, no Jornal da Record, na última sexta-feira (3).As denúncias ajudam a explicar as péssimas condições de funcionamento e os altos custos da telefonia brasileira. A promiscuidade entre os interesses políticos e os das empresas de telefonia é uma delas.
O caso do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo da Silva, e da ainda ministra Gleisi Hoffmann, é o mais flagrante.
“O presidente da Anatel (João Rezende) foi assessor do ministro das Comunicações (Paulo Bernardo), quando este era ministro do Planejamento. Fez parte da campanha da esposa do ministro das Comunicações (Gleisi Hoffmann) no Paraná, que ainda está é ministra da Casa Civil. Então a gente tem o setor das telecomunicações com influências políticas bastante fortes”, diz Flávia Lefèvre Guimarães. (Declaração que aparece no minuto 6:59 do vídeo)
A representante da Proteste denuncia o “relacionamento muito forte” das empresas de telefonia com o governo petista. Esse relacionamento promíscuo ocorre porque essas empresas são “grandes financiadores de campanha”. Os abusos tolerados pelo governo das telefônicas são incontáveis. O Brasil tem 270 milhões de telefones celulares.
Cerca de 80% desses aparelhos funcionam no sistema pré-pago. O minuto de telefone no Brasil é o mais caro do planeta. Por isso, os usuários de telefones pré-pagos usam seus aparelhos mais para receber ligações (são os telefones chamados de “pai de santo”). Uma vez recebida o cidadão mantém contato por um orelhão, com ligações muito mais baratas.
O que o governo e a Anatel fizeram com o orelhão para beneficiar as empresas de telefonia? Em 1987 a meta era de 8 orelhões por mil habitantes. Passado um tempo reduziu-se esse número para 6 por mil. Agora já está em 4 por mil. E a Anatel está querendo reduzir ainda mais. Situação que obrigará as pessoas a usarem um sistema caríssimo de telefonia. O que permite que as empresas de telefonia cartelizadas combinem os preços entre si e com o aval criminoso do governo.
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