A sucessão presidencial de 2014 teve início exatamente no momento que a presidente Dilma Rousseff tomou posse.
Dilma, inegavelmente, é uma criação de Lula, mas é claro que tem personalidade própria e está fazendo um governo que é bem superior a de seu antecessor. Caso típico de que “a Criatura superou o Criador”.
Lula, para tristeza dos que não o querem de volta (dentre os quais me incluo), tem o maior potencial de votos deste País. É um fenômeno eleitoral! Só não enxerga isso aquele que deixa o ódio sobrepor-se a uma realidade para lá de comprovada.
Na Democracia, vence uma eleição o candidato que tem o maior número de votos. Não importa se seja o mais ou menos (no caso de Lula o “menas”) preparado, o mais culto, o mais erudito ou o mais inteligente. Vence quem o eleitor escolheu. E ponto final!
Nunca me canso de repetir o que afirmou o grande político mineiro Milton Campos, para quem não havia saída fora da Democracia, numa entrevista concedida após sofrer uma derrota para João Goulart, na eleição para vice-presidência da República (à epoca que os candidatos ao cargo recebiam votação própria, independente do candidato a presidente).
Ao ser perguntado por jornalistas a que atribuía sua derrota, o grande mineiro, após uma tragada no cigarro, que sempre o acompanhava, respondeu de imediato:
“Atribuo minha derrota ao maior número de votos obtido por meu adversário, o Dr. João Goulart!”
SÁBIA LIÇÃO
Belíssima e sábia lição de Democracia. Análise precisa e e sucinta, despida de razões complicadas de Ciência Política, Sociologia ou Economia, tão ao agrado dos “cientistas políticos” de plantão, que adoram teorias, mas jamais concorreram a qualquer eleição!
Por tudo isso, aqueles que quiserem candidatar-se a sucessão de Dilma (inclusive ela própria), não se esqueçam de apresentar ideias novas, que consigam sensibilizar o eleitor, notadamente aqueles que se beneficiaram com os programas sociais implantados por Lula. E principalmente não se esqueçam: o ex-presidente, embora negue, é candidatíssimo à sucessão de Dilma!
O resto é conversa fiada, ou melhor, tema para cientista político discutir enquanto bebe um bom whisky.
07 de janeiro de 2014
José Carlos Werneck
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