O apresentador de tevê Silvio Santos, num de seus programas dominicais, recompensa com dinheiro quem, na plateia, acerta uma conta matemática ou uma pergunta sobre conhecimentos gerais. Num dos programas, jovens que, em tese, devem estar cursando o ensino médio, não souberam dar o resultado em operações básicas como 3x4 ou 7x4. A deficiência dos brasileiros no aprendizado de matemática ou de português é cada vez mais evidente e reconhecida por todos. Ou quase todos. O governo federal continua desprezando indicadores e a própria realidade dentro das salas de aula. O drama da educação no país parece não afligir Brasília. E o debate sobre o tema no Congresso Nacional, é preciso admitir, ainda é muito tímido diante da gravidade da situação.
O desempenho cada vez mais pífio dos nossos estudantes é escancarado principalmente no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, o Pisa. O Pisa é um exame aplicado a cada três anos que testa as habilidades dos jovens nas competências de leitura, escrita, ciências e matemática. Foram avaliados estudantes entre 15 e 16 anos da rede pública e privada de ensino. Em regra, nessa faixa etária, os alunos já concluíram ou estão próximos de concluir o ensino básico de seus países. Mas, no caso de países como o Brasil, em que a defasagem escolar é bastante presente, alunos com essa idade não estão necessariamente no ensino médio, por conta de evasão, repetência ou abandono.
E por que estamos preocupados com os resultados do Pisa? Porque é por meio desse exame que obtemos informações sobre as habilidades, o nível socioeconômico dos estudantes e o desempenho das escolas. E nossos resultados foram muito ruins!
Segundo eles, em 2012, o desempenho dos estudantes brasileiros em leitura piorou em relação a 2009. O país somou 410 pontos em leitura, dois a menos do que a sua pontuação na última avaliação e 86 pontos abaixo da média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O Brasil ficou com a 55.ª posição do ranking de leitura, atrás de países como Chile, Uruguai, Romênia e Tailândia. Segundo o relatório da OCDE, parte do mau desempenho do país pode ser explicado, justamente, pela expansão de alunos de 15 anos em séries defasadas.
Quase metade (49,2%) dos alunos brasileiros não alcançou o nível 2 de desempenho na avaliação, que tem o nível 6 como teto. Isso significa que eles não são capazes de deduzir informações do texto, de estabelecer relações entre diferentes partes do texto e não conseguem compreender nuances da linguagem. Em ciências, o Brasil obteve o 59.º lugar do ranking com 65 países. Apesar de ter mantido a pontuação (405), o país perdeu seis postos desde o 53.º lugar em 2009. Nessa competência, a média dos países de OCDE foi de 501 pontos.
Diante de tais dados, o Ministério da Educação fecha os olhos para os frágeis resultados e se contenta por ter cumprindo a meta do PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação) de atingir a média de 395 pontos nas três matérias. Mesmo depois de tantos alertas de problemas sérios com o estado da educação no Brasil, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, continua “fazendo de conta que o bicho não é tão feio como se pinta”.
O desempenho cada vez mais pífio dos nossos estudantes é escancarado principalmente no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, o Pisa. O Pisa é um exame aplicado a cada três anos que testa as habilidades dos jovens nas competências de leitura, escrita, ciências e matemática. Foram avaliados estudantes entre 15 e 16 anos da rede pública e privada de ensino. Em regra, nessa faixa etária, os alunos já concluíram ou estão próximos de concluir o ensino básico de seus países. Mas, no caso de países como o Brasil, em que a defasagem escolar é bastante presente, alunos com essa idade não estão necessariamente no ensino médio, por conta de evasão, repetência ou abandono.
E por que estamos preocupados com os resultados do Pisa? Porque é por meio desse exame que obtemos informações sobre as habilidades, o nível socioeconômico dos estudantes e o desempenho das escolas. E nossos resultados foram muito ruins!
Segundo eles, em 2012, o desempenho dos estudantes brasileiros em leitura piorou em relação a 2009. O país somou 410 pontos em leitura, dois a menos do que a sua pontuação na última avaliação e 86 pontos abaixo da média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O Brasil ficou com a 55.ª posição do ranking de leitura, atrás de países como Chile, Uruguai, Romênia e Tailândia. Segundo o relatório da OCDE, parte do mau desempenho do país pode ser explicado, justamente, pela expansão de alunos de 15 anos em séries defasadas.
Quase metade (49,2%) dos alunos brasileiros não alcançou o nível 2 de desempenho na avaliação, que tem o nível 6 como teto. Isso significa que eles não são capazes de deduzir informações do texto, de estabelecer relações entre diferentes partes do texto e não conseguem compreender nuances da linguagem. Em ciências, o Brasil obteve o 59.º lugar do ranking com 65 países. Apesar de ter mantido a pontuação (405), o país perdeu seis postos desde o 53.º lugar em 2009. Nessa competência, a média dos países de OCDE foi de 501 pontos.
Diante de tais dados, o Ministério da Educação fecha os olhos para os frágeis resultados e se contenta por ter cumprindo a meta do PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação) de atingir a média de 395 pontos nas três matérias. Mesmo depois de tantos alertas de problemas sérios com o estado da educação no Brasil, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, continua “fazendo de conta que o bicho não é tão feio como se pinta”.
07 de janeiro de 2014
Rubens Bueno, Gazeta do Povo, PR
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