"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

PT SUCATEIA PETROBRAS E ATUA NO LIMITE DA IRRESPONSABILIDADE


 
O aumento da demanda por combustíveis no Brasil e a impossibilidade de repassar os preços internacionais para o mercado interno vêm levando a Petrobras a elevar a utilização das suas refinarias a 99%. Na média mundial, o índice é de 85%. Uma série de acidentes nessas unidades, porém, acendeu a luz vermelha nos sindicatos de petroleiros, que temem possíveis tragédias, que até agora foram evitadas. Em menos de dois meses, seis refinarias da empresa registraram acidentes sem mortes.
A operação das refinarias acima da capacidade permitida já decorreu em duas multas aplicadas pela ANP (Agência Nacional do Petróleo), no valor de R$ 150 mil cada uma, que foram contestadas pela estatal. A ANP negou, em reunião no dia 18, recurso da empresa contra a multa aplicada pela operação da Replan, em Paulínia (SP), e avalia outra aplicada pelo mesmo motivo na Repar (PR).
 
A Repar foi, aliás, palco de um dos recentes acidentes. Após um incêndio, no final de novembro, a unidade ficou sem produzir combustíveis por quase um mês. "A ANP só age depois da porta arrombada, tem que fiscalizar, porque esses acidentes estão ocorrendo por falta de manutenção", afirma o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura Adriano Pires.
Questionada sobre afirmações dos sindicatos de que as refinarias não estariam passando por manutenção por operar na capacidade máxima, a Petrobras não se pronunciou. Segundo a ANP, as fiscalizações nas refinarias são realizadas periodicamente e os acidentes reportados nos últimos meses estão sendo investigados. O mais recente ocorreu no sábado, na Reduc, refinaria localizada no Rio de Janeiro. Após um incêndio, a produção de uma unidade foi suspensa, reduzindo a produção de diesel e gasolina.
O aumento de custos da empresa com os problemas em refinarias vem sendo percebido pelo mercado, informa o economista chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi. "Nos últimos 40 dias a gente está vendo toda hora notícia de acidente, as ações só não caem porque estão baratas e chamam compradores." Na avaliação do consultor da área de refino Carlos Alberto Luna Freire de Matos, a operação na capacidade máxima não teria problema se a manutenção estivesse em dia. "É preocupante [a série de acidentes], mas tem que ser bem avaliado para saber os motivos e corrigi-los", disse.
Para a FUP (Federação Única dos Petroleiros), a série de acidentes reflete a falta de manutenção nas unidades. A empresa estaria evitando parar a produção com objetivo de reduzir a necessidade de importação de derivados, o que vem sangrando o seu caixa.
 
(Folha de São Paulo)
 
07 de janeiro de 2014
in coroneLeaks

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