"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

QUE BOLSA FAMÍLIA QUE NADA: NENHUM PROGRAMA ASSISTENCIAL DEU TÃO CERTO QUANTO O DESEMPREGO ZERO PARA A COMPANHEIRADA


Que Bolsa Família, que nada: nenhum programa assistencial deu tão certo quanto o Desemprego Zero para a Companheirada, informa o balanço do projeto concebido em 2003 para garantir um bom salário mensal a todo brasileiro filiado ao Partido dos Trabalhadores.
O sucesso foi tão extraordinário que, passados 11 anos, o petista desempregado sumiu. Ou é uma espécie extinta ou se tornou invisível a olho nu. Faz tempo que busco em vão  remanescentes da tribo. Não conheço nenhum. Nem sei de alguém que conheça.

A filiação ao PT dispensa o companheiro da luta por vagas no mercado de trabalho. O emprego vem junto com a carteirinha de filiado, à disposição dos interessados por módicos R$3,50.
Basta a exibição do documento para que o portador dê um jeito na vida ─ livre de concursos, exames ou avaliações de qualquer gênero.
Pouco importa o currículo dos novos servidores da nação. Sejam gênios da raça ou cretinos fundamentais, doutores de verdade ou doutoras dilmas, primeiros da classe ou ignorantes sem cura, há sempre lugar para mais um no lombo do mamute estatal.

Eles mordem o dinheiro dos pagadores de impostos no Planalto, no Congresso, no Judiciário, em ministérios, no Banco do Brasil, na Caixa Econômica, na Petrobras, nas agências reguladoras, nos Correios, nos portos e aeroportos, em autarquias camufladas por siglas impenetráveis ─ os roedores dos cofres públicos estão por toda parte.
Nem o mais remoto cafundó do organograma federal escapou do aparelhamento oportunista e imoral. Onde existe uma folha salarial a pagar, há uma penca de companheiros prontos para receber.

Em novembro, o IBGE calculou em cerca de 1 milhão o número de desempregados na Grande São Paulo. É provável que muitos votem no PT. Mas é certo que não existe no meio dessa multidão um único e escasso filiado ao partido no poder.
É compreensível que a hipótese da derrota de Dilma Rousseff em outubro de 2014 tire o sono da companheirada. Perder a eleição é péssimo. Perder o salário é um pesadelo.
Como Lula em 2006 e a atual presidente em 2010, Dilma não vai apenas liderar uma campanha eleitoral.
Estará no comando de uma guerra contra o desemprego no PT.

20 de dezembro de 2013
Augusto Nunes

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