"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

CONSERVADORES CONTINUAM SENDO ACUSADOS PELA CONDUTA DE LEE HARVEY OSWALD

           
          Artigos - Desinformação 
O general Ion Mihai Pacepa, desertor do bloco soviético, já explicou tudo a respeito da culpa da KGB no assassinato de Kennedy. E ele mesmo avisou que a campanha de desinformação jamais iria acabar. Mas a esquerda finge não entender, e assim fortalece a farsa comunista.

Em uma análise brilhante, realizada em 2007, no livro Camelot and the Cultural Revolution: How the Assassination of John F. Kennedy Shattered American Liberalism (Camelot e a Revolução Cultural: Como o assassinato de John F. Kennedy abalou o Liberalismo Americano, Encounter), James Piereson mostra como a esquerda transformou o assassinato comunista de John F. Kennedy, um político de esquerda, em uma mancha nos conservadores e como essa distorção fez com que a esquerda evoluísse para o fenômeno mórbido que é hoje. (Para visualizar o resumo do livro, acesse "Lee Harvey Oswald's Malign Legacy" O Legado Maligno de Lee Harvey Oswald.)

Com a chegada do quinquagésimo aniversário do assassinato, a esquerda ainda está presa a esse esquema, colocando a culpa pelo assassinato, na cultura de extrema direita de Dallas de 1963, subestimando o fato incontestável que o comunista Lee Harvey Oswald de maneira alguma representava essa cultura. Eles simplesmente não desistem. Um exemplo tirado do New York Times de hoje, "Dallas Mudada Tenta Atinar Com Seu Pior Dia".
Primeiro, Manny Fernandez apresenta uma cultura de direita da suposta Cidade do Ódio:

no início da década dos anos de 1960, um grupo pequeno, eloquente, subordinado à estrutura de poder de Dallas envenenou o clima político, provocando a histeria de direita, levando a ataques a personalidades públicas em visita a cidade. Nos meses e anos antes do assassinato de Kennedy, Lyndon B. Johnson, sua esposa, Lady Bird e Adlai E. Stevenson, embaixador dos Estados Unidos nas Nações Unidas, foram acotovelados e cuspidos por uma multidão enfurecida em Dallas. Em sermões, comícios, jornais e rádios, o maior magnata do petróleo da cidade, um congressista republicano, um pastor batista e outros, incluindo a John Birch Society, encheram de ódio a cidade de Dallas com a paranóia anti-McCarthy.
A reação imediata de muitos em Dallas frente à notícia de que Kennedy tinha sido alvejado, não foi apenas de choque, mas também de uma sensação nauseante de reconhecimento. Momentos após ficar sabendo do tiroteio, a esposa do bispo metodista disse a Tom J. Simmons, um dos editores do The Dallas Morning News, "Você já deveria saber que seria em Dallas."

dallasProposta da esquerda para melhorar uma Dallas que só existe na cabeça de  socialistas idiotas como "a cidade do ódio", valendo-se do cinismo, da afetação de superioridade moral e da ridicularização.

Enquanto Fernandez dá uma trégua à cidade de Dallas de hoje (principalmente por causa da delegada gay), ele acha que nada mudou no Texas como um todo:
 
Em fevereiro deste ano, no oeste do Texas, o delegado de Midland County, Gary Painter, disse em um almoço formal na John Birch Society, que se recusaria a confiscar armas da população em suas residências se assim fosse ordenado pela administração Obama e se referiu ao discurso do Estado da União do presidente como "propaganda". Nos últimos anos, outros políticos do Texas abraçaram ou indicaram apoiar ideias, cada vez mais radicais, inclusive a secessão do Texas, impeachment de Obama e alegações de que a soberania dos Estados Unidos seria transferida para as Nações Unidas.
Colocar a culpa de Oswald no Senador Joseph McCarthy? (Mostrado acima na capa da revista Time, 8 de março de 1954.)

Também não é apenas o Texas: Fernandez observa que a cultura da extrema direita de Dallas permeou o país inteiro, citando um antigo jornalista de Dallas, Bill Minutaglio, dizendo que "as modernas políticas de demonização nos Estados Unidos", de certa maneira, tomaram forma em Dallas na década dos anos de 1960.

Certo, entendeu? Dallas era o bastião dos lunáticos de extrema direita com um enorme legado. Agora, veja como esse bastião leva a culpa do comunista Oswald:

Lee Harvey Oswald era marxista e não o resultado da extrema direita de Dallas. Mas pelo fato da tendência anti-Kennedy não ter vindo dos párias radicais e sim das correntes influentes de Dallas, dizem alguns que o rancor parece ter vindo da sina da cidade. "Ela era, acho eu, uma cidade tolerante ao ódio e à linguagem do ódio", segundo John A. Hill, 71, que em 1963 era presidente do corpo de estudantes da Universidade Southern Methodist em Dallas. "Houve quem se opusesse a isso, mas em geral os líderes da cidade eram indiferentes a esse clima de ódio".

Q.E.D. Magicamente, a "extrema direita" leva o golpe pelo agente comunista. O New York Times pode-se orgulhar pela consistência de mais de meio século, por mais distorcida que seja.

Atualização: como se não bastasse o artigo do New York Times ter citado Bill Minutaglio, o Washington Post foi ainda mais longe publicando um trecho do seu livro, "O Tea Party tem suas raízes em Dallas de 1963".

Atualização: para saber mais sobre o meu trabalho sobre esse tópico, acesse "Bibliografia – Meus Textos sobre John F. Kennedy."

http://pt.danielpipes.org

Original em inglês: Still Blaming Conservatives for Lee Harvey Oswald
20 de dezembro de 2013
Daniel Pipes
Tradução: Joseph Skilnik

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