- Poucas vezes, eu vi unidade tão ampla no PT, como nós conseguimos produzir hoje. Primeiro, a reafirmação de prioridade total à eleição do senador Lindbergh como nosso governador aqui. Segundo, a convicção reafirmada aqui de que o palanque do PT, do senador Lindbergh e de nossos aliados é um palanque pela reeleição da presidente Dilma - declarou Falcão.
Esta semana, a hipótese de a chapa de Lindbergh dar palanque duplo a Dilma e a Campos causou polêmica no PT do Rio.
- Não vamos permanecer num governo que depois vamos disputar eleitoralmente com o candidato do governador. Chega um momento que tem que deixar o governo. Queremos fazer isso de forma organizada, pactuada. Não vai haver um rompimento. Nós participamos desse governo durante sete anos. Vamos reivindicar as políticas públicas que fizemos avançar aqui - disse Rui Falcão.
O presidente do PT declarou como deverá ser a agenda de candidata da presidente Dilma no próximo ano em estados em que mais de um candidato ao governo pertence à base de apoio a ela. No Rio, por exemplo, estão postas as pré-candidaturas do senador Lindbergh Farias (PT) e do vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). Segundo Falcão, isso já ocorreu antes e a solução é contemplar todos ou não aparecer no palanque de ninguém.
- A presidenta Dilma é do PT, mas é presidenta da República, está cuidando de governar o pais. Não está fazendo campanha. O nosso candidato, aquele em que vamos apostar todas as fichas, é o senador Lindbergh. Os partidos que estarão apoiando a presidente Dilma, e serão muitos, terão também a simpatia dela, o apoio dela. Nós já convivemos com essa situação em outros momentos e isso se materializa da seguinte maneira: onde há dois ou três candidatos, ou ela vai a dois ou três palanques ou não vai em nenhum. Ocorre que quem pode utilizar a imagem da presidenta Dilma, pela legislação eleitoral, é só o candidato do PT - afirmou Rui Falcão, lembrando ainda que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também fará campanha.
Ao falar especificamente da situação do Rio, com Pezão e Lindbergh como prováveis candidatos, o presidente do PT declarou que a agenda de Dilma terá que ser discutida:
- Isso vai ter que ser discutido com ela porque, como ela está governando o país, ela vai ter uma agenda bastante delimitada, como foi a agenda do presidente Lula (na reeleição). Só pode fazer campanha fora do horário de trabalho, nos fins de semana. São 27 estados e o Distrito Federal, não sei se ela conseguirá ir a todos os lugares e todos os palanques.
Além de defender a saída imediata do governo Cabral, Lindbergh, na articulação de sua aliança, adota a tese de que o nome que vá concorrer ao Senado pela chapa seja do PSB. O nome dos sonhos do petista seria Romário, que trabalhará pela candidatura do governador Eduardo Campos à Presidência. Rui Falcão afirmou que pode acontecer de a chapa do PT ser integrada por um candidato ao Senado que faz campanha por um outro candidato a presidente.
Especificamente sobre a ideia de Romário compor a chapa, ele disse:
- Eu não vou cogitar dessas hipóteses, porque quem vai tratar das alianças é nosso pré-candidato e uma comissão da direção que estará trabalhando e sintonizada junto com ele.
12 de outubro de 2013
Juliana Castro - O Globo
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